Petróleo sobe com cautela da Opep+ e possível ampliação de sanções à Rússia

EdiçãoJulio Alves
Publicado 09.09.2025, 07:43

Investing.com – O petróleo avançava no início desta terça-feira, prolongando os ganhos após a Opep+ anunciar um aumento de produção mais contido do que o esperado. O noticiário também foi marcado pela possibilidade de novas sanções ocidentais ao setor energético da Rússia.

Na sessão de segunda-feira, as cotações do petróleo já haviam registrado valorização superior a 1%, refletindo a decisão tomada pela Opep no fim de semana, que ajudou a reduzir parte das preocupações sobre um potencial excesso de oferta.

Os investidores acompanham de perto a perspectiva de novas medidas restritivas contra o petróleo russo, em meio à continuidade da guerra na Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que está disposto a intensificar a pressão diplomática e econômica sobre Moscou em busca de um cessar-fogo.

Às 7h de Brasília, os contratos futuros de petróleo Brent para novembro avançavam 0,67%, cotados a US$ 66,47 por barril, enquanto os de petróleo West Texas Intermediate subiam 0,71%, para US$ 62,69 por barril.

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Sanções mais duras contra a Rússia em foco enquanto conflito na Ucrânia persiste

Potências ocidentais discutiam a adoção de medidas adicionais contra a indústria petrolífera russa após Moscou ter realizado, no fim de semana, seu maior ataque aéreo contra território ucraniano.

Trump declarou estar pronto para avançar para uma “segunda fase” de sanções, sem detalhar os instrumentos que seriam utilizados. O presidente norte-americano afirmou que deve se reunir em breve com líderes europeus e manter contatos diretos com o presidente russo Vladimir Putin.

Apesar da retórica firme contra o Kremlin, Trump deixou passar alguns prazos autoimpostos para a imposição de sanções adicionais. Em agosto, ele se encontrou com Putin no Alasca, mas o encontro trouxe pouco avanço nas negociações por um cessar-fogo.

Ainda no fim de agosto, Trump determinou tarifas de 50% sobre importações da Índia, argumentando que o país estava financiando isoladamente o esforço de guerra russo por meio da compra de petróleo. Nova Délhi, entretanto, manteve a posição de continuar adquirindo o insumo. A China, outro grande importador do petróleo russo, até o momento não foi alvo de sanções semelhantes.

Petróleo em alta com modesto aumento da Opep+ e dólar mais fraco

Os preços também encontraram suporte na decisão da Opep+, que aprovou para outubro uma elevação de apenas 137 mil barris por dia. Esse patamar ficou bem abaixo dos aumentos mensais de cerca de 555 mil bpd em setembro e agosto, e dos 411 mil bpd registrados em julho e junho.

A decisão sugere cautela do grupo diante do risco de excesso de oferta, sobretudo diante da produção elevada em países fora da aliança, como os Estados Unidos. Ainda assim, o cartel tem elevado gradualmente a produção ao longo de 2025, com o objetivo de recuperar espaço no mercado e atenuar o impacto da fragilidade nos preços por meio de maiores volumes exportados.

Outro fator favorável ao petróleo foi a desvalorização do dólar, após dados fracos de emprego nos Estados Unidos aumentarem as apostas de que o Federal Reserve poderá reduzir a taxa básica de juros em setembro.

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