Galípolo prega “vigilância” do BC do fim de 2025 a 2026 e defende manutenção da Selic
Investing.com – Os preços do petróleo registraram alta na manhã desta segunda-feira, 14, dando continuidade à trajetória ascendente da semana anterior. Investidores monitoram de perto a possibilidade de novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia, ao mesmo tempo em que crescem as incertezas comerciais após o presidente Trump anunciar tarifas adicionais sobre produtos da União Europeia e do México no fim de semana.
Às 7h45 de Brasília, os futuros do petróleo Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), com vencimento em setembro avançavam 0,2%, sendo negociados a US$ 70,48 por barril, enquanto os futuros do petróleo WTI, referência nos EUA, subiam 0,2%, a US$ 68,55 o barril.
Ambos os contratos acumularam valorização próxima de 3% na última semana, com forte alta na sexta-feira após relatório da Agência Internacional de Energia apontar um mercado físico mais restrito do que se imaginava.
Segundo a AIE, mesmo com um aumento de oferta acima das previsões por parte da Opep+, o cenário global segue apertado, impulsionado pelo crescimento do refino, que vem sendo intensificado para atender à demanda sazonal por combustíveis durante o verão no hemisfério norte.
Expectativa por anúncio de Trump sobre Rússia eleva tensão geopolítica
Em declaração à imprensa no domingo, o presidente Donald Trump afirmou que enviará baterias de mísseis Patriot à Ucrânia, manifestando insatisfação com o presidente russo, Vladimir Putin, pela ausência de avanços concretos em relação à paz no leste europeu.
Trump indicou ainda que fará nesta segunda-feira uma “declaração importante” sobre a Rússia, o que ampliou as especulações sobre eventuais medidas adicionais de Washington contra Moscou, importante fornecedor global de energia.
Um projeto de lei bipartidário em tramitação no Congresso americano prevê a imposição de sanções à Rússia como forma de pressionar por negociações de paz. A proposta, no entanto, ainda depende de sinal verde da Casa Branca. Caso aprovada, imporia tarifas de até 500% sobre produtos oriundos de países que continuarem comprando petróleo e gás russos, incluindo China e Índia.
Nova rodada tarifária pressiona mercados e limita avanço dos preços
No sábado, Trump anunciou uma tarifa de 30% sobre a maioria das importações provenientes da União Europeia e do México, com vigência a partir de 1º de agosto.
Na mesma linha, medidas similares foram divulgadas no início da semana contra Japão, Coreia do Sul, Canadá e Brasil, além de uma tarifa de 50% sobre o cobre, também com início previsto para o próximo mês.
Com menos de três semanas para a implementação das novas regras, agentes de mercado acompanham com cautela o desdobramento dessas disputas. Tarifas comerciais tendem a enfraquecer o crescimento global ao elevar custos e interromper cadeias de fornecimento, o que afeta negativamente setores como a indústria e o turismo, ambos diretamente ligados ao consumo de petróleo.