Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Investing.com - Os preços do petróleo caíram na sexta-feira, devolvendo parte dos ganhos expressivos da sessão anterior, com o foco permanecendo firmemente em como a próxima reunião entre os líderes dos EUA e da Rússia afetará a oferta global.
Às 09:15 (horário de Brasília), os futuros do petróleo Brent para outubro caíram 0,4% para US$ 66,58 por barril e os futuros do petróleo West Texas Intermediate recuaram 0,5% para US$ 63,64 por barril.
Ambos os contratos subiram quase 2% na quinta-feira, mas ainda devem encerrar a semana praticamente estáveis.
Encontro Trump-Putin no Alasca sob observação
O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, devem se reunir no Alasca mais tarde na sessão para discutir os termos de um cessar-fogo com a Ucrânia.
Trump ameaçou na quarta-feira "consequências severas" se Putin não concordar com a paz, tendo anteriormente ameaçado impor tarifas elevadas aos principais compradores de petróleo russo, nomeadamente Índia e China.
O cumprimento da ameaça de Trump, combinado com quaisquer restrições adicionais visando a indústria petrolífera da Rússia, poderia restringir ainda mais a oferta global, adicionando pressão de alta aos preços do petróleo.
Analistas afirmam que restrições mais rigorosas às exportações de energia de Moscou provavelmente agravariam as limitações de oferta existentes, particularmente na Europa e em partes da Ásia que ainda dependem fortemente do petróleo bruto russo e produtos refinados.
O impacto no mercado poderia oscilar bruscamente na direção oposta se os EUA decidirem aliviar sanções ou oferecer alívio limitado em troca de concessões de Moscou.
"O superávit de petróleo esperado para o final deste ano e 2026, combinado com a capacidade ociosa da OPEC, significa que o mercado deveria ser capaz de administrar o impacto de tarifas secundárias sobre a Índia. Mas as coisas se tornam mais difíceis se virmos tarifas secundárias em outros compradores importantes de petróleo russo, incluindo China e Turquia", disseram analistas do ING, em nota.
Dados econômicos em foco
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a economia do Japão expandiu mais do que o esperado no segundo trimestre, com exportações e investimentos de capital permanecendo resilientes apesar das pressões tarifárias dos EUA durante o período.
O resultado mais forte do que o esperado pode reforçar o argumento para que o Banco do Japão considere um maior aperto monetário.
Na China, dados mostraram que a produção industrial em julho ficou abaixo das expectativas, com a demanda externa diminuindo após antecipações anteriores devido às tarifas dos EUA.
Os números de vendas no varejo da segunda maior economia do mundo também ficaram abaixo das expectativas em julho, em meio à fraqueza nos gastos do consumidor.
Há também dados dos EUA a serem analisados, incluindo as vendas no varejo de julho, com os traders ainda esperando que o Federal Reserve corte as taxas de juros no próximo mês, mesmo após o índice de preços ao produtor dos EUA mais alto do que o esperado divulgado na quinta-feira.
Ayushman Ojha contribuiu para este relatório