Preços globais dos alimentos têm maior alta em dois anos, puxados por carne e óleos vegetais, diz FAO

Publicado 08.08.2025, 09:10
Atualizado 08.08.2025, 09:15
© Reuters. Mercado em Washington, EUA

PARIS (Reuters) - Os preços mundiais das commodities alimentares subiram em julho, atingindo o valor mais alto em mais de dois anos, já que um salto dos preços de óleos vegetais e níveis recordes de carne compensaram a queda vista para os cereais, laticínios e açúcar, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O Índice de Preços dos Alimentos da FAO, que serve como referência global para os preços das commodities alimentares, atingiu uma média de 130,1 pontos em julho, um aumento de 1,6% em relação a junho, informou a FAO.

Essa foi a leitura mais alta desde fevereiro de 2023, embora o índice tenha ficado 18,8% abaixo do pico alcançado em março de 2022, que se seguiu à invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia.

O índice de preços da carne da FAO atingiu um novo recorde histórico de 127,3 pontos, 1,2% acima do pico anterior em junho, já que a forte demanda de importação da China e dos Estados Unidos impulsionou os preços da carne bovina e ovina, disse a agência.

As importações de carne bovina dos EUA aumentaram depois que a seca levou a um declínio no rebanho bovino nacional. A China embarcou quantidades recordes de carne bovina no ano passado em meio à crescente popularidade do produto, embora uma investigação oficial sobre a carne bovina importada tenha aumentado a incerteza sobre a demanda chinesa.

Em outros mercados de carnes, os preços das aves subiram ligeiramente após a retomada das importações de frango brasileiro pelos principais compradores, depois que o Brasil recuperou seu status de livre de gripe aviária.

Em contrapartida, os preços da carne suína caíram devido à oferta suficiente e à menor demanda, principalmente na União Europeia, acrescentou a FAO.

O índice de óleos vegetais da agência subiu para 166,8 pontos, um aumento de 7,1% em relação ao mês anterior e o nível mais alto em três anos.

Esse aumento foi impulsionado pelas cotações mais altas dos óleos de palma, soja e girassol, devido à forte demanda global e à redução da oferta, embora os preços do óleo de colza tenham caído com a chegada da nova safra na Europa, disse a FAO.

O índice de referência da FAO para os preços dos cereais caiu para o nível mais baixo em quase cinco anos, refletindo a pressão sazonal sobre a oferta das safras de trigo no Hemisfério Norte. [GRA/]

O índice de preços do açúcar da FAO diminuiu pelo quinto mês consecutivo devido às expectativas de aumento da produção no Brasil e na Índia, apesar das indicações de recuperação da demanda global de importação de açúcar, informou a agência. [SOF/L]

(Reportagem de Gus Trompiz)

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