RS cumpriu protocolos e Brasil já pode se declarar livre de gripe aviária, diz governo local

Publicado 18.06.2025, 11:12
Atualizado 18.06.2025, 11:15
© Reuters. Granja em Montenegro (RS)

SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Rio Grande do Sul cumpriu um período de 28 dias após a desinfecção de uma granja onde foi registrado o primeiro caso de gripe aviária em um plantel comercial no Brasil, e o país já poderia se autodeclarar livre da doença, disse nesta quarta-feira o secretário da Agricultura gaúcho, Edivilson Brum.

Segundo o governo estadual, desde a confirmação da doença em Montenegro (RS), foram visitadas todas as 540 propriedades cadastradas dentro do perímetro do foco. No total, foram oito ciclos de visitas no raio de três quilômetros, a cada três dias, e cinco inspeções nas propriedades do raio de dez quilômetros, a cada sete dias.

Os fiscais agropecuários realizaram cerca de 2 mil visitas nas propriedades rurais do raio do foco de gripe aviária.

"Cumprimos todas as etapas previstas nos protocolos sanitários para que o Brasil possa se autodeclarar como país livre de influenza novamente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)", destacou o secretário, em nota.

A condição para que autoridades brasileiras possam declarar o país livre do vírus é de nenhum novo surto seja detectado em granjas comerciais de aves, algo que foi prometido pelo ministério da Agricultura, Carlos Fávaro, se isso ocorresse.

O ministério ainda não anunciou formalmente a esperada autodeclaração.

O primeiro surto no Brasil que atingiu uma granja de matrizes em Montenegro desencadou proibições comerciais que agora podem ser revertidas com a recuperação do status de livre da doença.

A suspensão dos embargos depende de cada país. Dezenas de importadores colocaram proibições totais ou parciais à carne de frango do Brasil desde o caso de gripe aviária, em meados de maio, com impactos nas exportações do país, o maior exportador global de carne de frango.

A exportação de carne de frango in natura do Brasil teve uma queda de cerca de 25% em volume pela média diária nas duas primeiras semanas de junho, na comparação com o dado do mesmo mês do ano passado, de acordo com números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), publicados na última segunda-feira.

A queda é superior à registrada para todos os produtos de carne de frango, incluindo industrializados, apurada em maio, mês que foi parcialmente impactado pelo problema sanitário.

Ainda, a recuperação do status do Brasil como livre do vírus da gripe aviária de alta patogenicidade não é automática e precisa ser confirmada pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), de acordo com as diretrizes do órgão.

A contagem regressiva de 28 dias para a autodeclaração do status de livre da doença começou em 22 de maio, após as autoridades locais informarem que a granja onde o único surto no Brasil foi detectado havia sido totalmente desinfetada.

De acordo com os protocolos comerciais existentes, a China, a União Europeia e outros importadores proibiram as exportações de carne de frango de todo o Brasil após a confirmação do primeiro surto em granja comercial.

Mas alguns países impuseram embargos restritos ao local do foco, o município de Montenegro, como é o caso Emirados Árabes Unidos e Japão.

 

(Por Débora Ely, Ana Mano e Roberto Samora)

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