A maior processadora de carne suína dos Estados Unidos, Smithfield Foods, vai fechar a fábrica de Vernon, Califórnia, com 1,8 mil funcionários. Segundo a empresa, os motivos para o fechamento incluem impostos mais altos, custos de serviços públicos e custos trabalhistas na região. A Smithfield planeja, ainda, diminuir seu rebanho suíno em Utah, no Oeste dos EUA.
A decisão da processadora ocorre no momento em que os fornecedores de alimentos estão lidando com o aumento dos custos em itens como ração, transporte e embalagem.
A invasão da Ucrânia pela Rússia elevou o preço de ingredientes usados para a produção de ração animal, já que a região é uma das maiores produtoras de grãos do mundo.
Uma lei estadual que proíbe a comercialização de carne de suíno produzida em baias de gestação também se tornou um entrave à produção da Smithfield Foods.
"Na Califórnia, o custo dos serviços públicos é 3,5 vezes maior por cabeça para produzir carne suína em comparação com as 45 outras fábricas americanas que Smithfield opera", acrescentou um porta-voz da empresa.
A escassez de mão de obra somou-se aos problemas. Frigoríficos vêm aumentando os salários e ampliando seus benefícios para atrair trabalhadores para suas fábricas nos últimos meses. Alguns executivos da indústria de carnes disseram que não podem operar com capacidade total em muitas de suas fábricas por causa da pandemia.
A Tyson Foods (NYSE:TSN) afirmou em seu relatório de lucros trimestrais mais recente que os volumes em seus negócios de suínos caíram cerca de 5% em relação ao ano anterior por causa de problemas de pessoal em suas fábricas.