Por Karl Plume
CHICAGO (Reuters) - Os futuros da soja nos Estados Unidos caíram nesta sexta-feira devido a um movimento técnico de vendas e à realização de lucros, após duas sessões de ganhos, enquanto um relatório mensal de esmagamento mostrou que os processadores dos EUA movimentaram muito menos grãos do que o esperado em agosto.
Os futuros do milho acompanharam a queda da soja, com ambos os mercados também pressionados pela melhoria das condições das colheitas na Europa e pelo aumento da oferta em função da aceleração da colheita nos EUA.
O trigo se recuperou das perdas na sessão anterior devido a preocupações com os embarques da região do Mar Negro e à redução do potencial de colheita na Austrália e na Argentina pelo recente tempo seco.
Os comerciantes de grãos estão monitorando os relatórios de colheita do Centro-Oeste dos EUA na expectativa de novos ajustes nas perspectivas de oferta emitidas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no início desta semana.
"A negociação está começando a ficar confortável com a realização de 220 milhões de bushels de soja, e não acho que eles queiram carregar uma posição para casa no fim de semana", disse Terry Reilly, estrategista agrícola sênior da Marex, referindo-se à previsão do USDA para os estoques de soja mais baixos dos EUA em oito anos.
Um esmagamento de soja mais lento do que o esperado em agosto entre os membros da Associação Nacional de Processadores de Sementes Oleaginosas (NOPA), dos EUA, também pesou sobre os futuros da soja.
O contrato de novembro da soja em Chicago caiu 20,25 centavos, para 13,4025 dólares por bushel, encerrando a semana com queda de 1,7%, terceiro recuo semanal consecutivo.
O contrato de dezembro do milho caiu 4,25 centavos, para 4,7625 dólares por bushel, queda de 1,6% na semana e pairando um pouco acima de mínima de 2 anos e meio.
O contrato de dezembro do trigo na CBOT subiu 10,25 centavos, para 6,0425 dólares por bushel. O contrato atingiu o menor nível em 33 meses na terça-feira, mas acumulou alta de 1,4% na semana, o maior avanço em sete semanas.
(Reportagem adicional de Peter Hobson em Canberra e Sybille de La Hamaide em Paris)
((Tradução Redação Rio de Janeiro))