Por Julie Ingwersen
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de soja subiram cerca de 2% nesta terça-feira, impulsionados pela cobertura de posições vendidas à medida que a colheita dos EUA termina em paralelo a esperanças de vendas de exportação para a China e, ainda, incerteza sobre a disponibilidade de suprimentos sul-americanos, disseram traders.
Os futuros do trigo subiram, recuperando-se de quedas iniciais na sessão, já que os traders se concentraram na incerteza sobre os embarques de grãos do corredor de exportação do Mar Negro e nas preocupações com as safras do Hemisfério Sul. O milho seguiu a tendência firme.
Na Bolsa de Chicago, o contrato de soja de janeiro fechou em alta de 28,25 centavos, a 14,4775 dólares por bushel depois de atingir 14,49 dólares, o maior valor do contrato desde 23 de setembro.
O trigo de dezembro terminou com ganho de 20,25 centavos, a 9,0250 dólares o bushel, e o milho dezembro fechou com avanço de 6,25 centavos, a 6,9775 dólares por bushel.
A principal estrada de acesso ao porto brasileiro de Paranaguá, o segundo mais movimentado do país para exportação de grãos, permaneceu bloqueada por manifestantes nesta terça-feira, enquanto apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam contra sua derrota eleitoral estreita para o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A preocupação era que isso pudesse se arrastar e ser impactante em termos de interrupção dos fluxos agrícolas e exportações", disse Terry Linn, analista da Linn and Associates em Chicago.
As perspectivas de produção de soja continuam fortes no Brasil. A consultoria StoneX elevou sua previsão da safra de soja 2022/23 do país para 154,35 milhões de toneladas, ante 153,8 milhões anteriormente.
(Reportagem de Julie Ingwersen; com reportagem adicional de Michael Hogan em Hamburgo e Naveen Thukral em Cingapura)