A UE (União Europeia) decidiu na 5ª feira (20.jun.2024) aplicar as primeiras sanções ao GNL (gás natural liquefeito) russo. A medida é parte do 14º pacote de restrições do bloco contra Moscou desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Com a decisão, exportadores de gás russo ficam proibidos de usar portos de países da UE para transferir o produto para embarcações que seguem fora do bloco.
No entanto, importações não foram vetadas. A maioria dos países da UE deixou de comprar gás natural que chegava por gasodutos russos logo que a guerra contra Kiev começou, mas alguns ainda importam o item.
A Bélgica, que detém a presidência rotativa da UE até 1º de julho, comemorou a decisão. “Este pacote prevê novas medidas específicas e maximiza o impacto das sanções existentes ao fechar lacunas”, escreveu no X (ex-Twitter).
No mesmo sentido, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em post na rede social que o novo pacote de sanções “negará ainda mais à Rússia o acesso a tecnologias essenciais”, diminuirá suas receitas e cercará a “rede bancária paralela” do presidente russo, Vladimir Putin, no exterior.
Já especialistas do mercado de gás consultados pela Reuters avaliaram que a medida terá pouco impacto, uma vez que o uso de gás em portos europeus representa só cerca de 10% do total das exportações russas de GNL.