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Introdução e contexto de mercado
A Barrick Gold Corp (NYSE:GOLD)(TSX:ABX) reportou seus lucros trimestrais mais fortes em mais de uma década, de acordo com sua apresentação do 2º tri de 2025 divulgada em 11 de agosto de 2025. A gigante da mineração registrou um lucro por ação ajustado de US$ 0,47, marcando seu nível mais alto desde 2013 e representando um aumento de 47% em relação ao ano anterior. Este desempenho ocorre em um período de transformação para a empresa, que continua a equilibrar seu portfólio focado em ouro com operações crescentes de cobre.
Destaques do desempenho trimestral
Os resultados do 2º tri de 2025 da Barrick mostraram melhorias financeiras substanciais em métricas-chave. O lucro líquido por ação atingiu US$ 0,47, um aumento de 124% em relação ao ano anterior, enquanto o EBITDA atribuível subiu para US$ 1,69 bilhão, representando um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa manteve um balanço forte com US$ 4,8 bilhões em caixa e alcançou uma posição líquida de caixa de US$ 73 milhões.
A receita do trimestre subiu para US$ 3,68 bilhões, acima dos US$ 3,13 bilhões no 1º tri de 2025 e US$ 3,16 bilhões no 2º tri de 2024. O fluxo de caixa operacional aumentou 35% em relação ao trimestre anterior, chegando a US$ 1,33 bilhão, enquanto o fluxo de caixa livre atingiu US$ 395 milhões, comparado a US$ 375 milhões no trimestre anterior.
O desempenho operacional da empresa mostrou resultados mistos entre seus segmentos de ouro e cobre. A produção de ouro atingiu 797.000 onças no 2º tri, um aumento de 5% em relação ao trimestre anterior, mas abaixo das 948.000 onças no 2º tri de 2024. Enquanto isso, a produção de cobre disparou para 59.000 toneladas, representando um aumento de 34% em relação ao 1º tri de 2025 e uma melhoria significativa em relação às 43.000 toneladas produzidas no 2º tri de 2024.
Análise financeira detalhada
A força financeira da Barrick permitiu retornos contínuos aos acionistas, com a empresa declarando um dividendo trimestral de US$ 0,15 por ação e executando US$ 268 milhões em recompras de ações durante o 2º tri. No primeiro semestre de 2025, a Barrick retornou US$ 753 milhões aos acionistas por meio de dividendos e recompras, destacando seu compromisso com os objetivos de retorno de capital, apesar dos investimentos contínuos em projetos de crescimento.
A estratégia disciplinada de alocação de capital da empresa é evidente na sua distribuição de fundos. Para o primeiro semestre de 2025, a Barrick alocou US$ 805 milhões para capital de manutenção, US$ 524 milhões para capital de crescimento, US$ 342 milhões para dividendos e US$ 411 milhões para recompras de ações, demonstrando uma abordagem equilibrada entre manter as operações atuais, investir no crescimento futuro e recompensar os acionistas.
Destaques operacionais
Nevada Gold Mines, a operação principal da Barrick, mostrou melhoria significativa com a produção de ouro aumentando 17% em relação ao trimestre anterior, chegando a 381.000 onças. Isso foi impulsionado principalmente por maiores volumes subterrâneos, o que ajudou a reduzir os custos por onça. A receita da operação atingiu US$ 624 milhões, acima dos US$ 453 milhões no 1º tri de 2025.
Pueblo Viejo, na República Dominicana, também demonstrou forte desempenho, com a produção de ouro aumentando 28% em relação ao trimestre anterior, chegando a 95.000 onças. Esta melhoria foi impulsionada por um aumento de 24% na taxa de processamento e melhores taxas de recuperação. O custo de vendas por onça diminuiu 8% em relação ao trimestre anterior, para US$ 1.715.
O destaque no portfólio da Barrick foi a mina de cobre Lumwana na Zâmbia, que viu a produção disparar 63% em relação ao trimestre anterior, chegando a 44.000 toneladas. Esta melhoria dramática foi acompanhada por reduções significativas de custos, com o custo de vendas diminuindo 20% e os custos C1 caindo 29% em relação ao trimestre anterior. Essas melhorias impulsionaram um aumento substancial na receita para US$ 144 milhões, acima dos US$ 95 milhões no trimestre anterior.
Iniciativas estratégicas
A Barrick destacou vários projetos-chave de crescimento que devem impulsionar um aumento de 30% nas Onças Equivalentes de Ouro até 2029. O projeto Fourmile em Nevada está prestes a dobrar seu recurso mineral em 2025, com recursos atuais de 1,4 milhão de onças indicadas e 6,4 milhões de onças inferidas com altos teores de 11,76g/t e 14,1g/t, respectivamente.
O projeto Reko Diq no Paquistão continua avançando, com todos os principais contratos assinados e trabalhos iniciais progredindo na infraestrutura do local. Uma vez concluída, a Fase 1 deverá produzir 240.000 toneladas de cobre e 297.000 onças de ouro anualmente, com a Fase 2 aumentando para 460.000 toneladas de cobre e 520.000 onças de ouro por ano (em base 100%).
A Barrick também relatou progresso significativo em seus esforços de otimização de portfólio, com processos de venda avançando para ativos não essenciais como Tongon e Hemlo. Além disso, a empresa desbloqueou US$ 1 bilhão em valor com a venda de seu projeto Donlin, fortalecendo ainda mais sua posição financeira.
Declarações prospectivas
Olhando para o futuro, a Barrick reafirmou que todas as regiões estão no caminho certo para cumprir suas orientações de produção e AISC para 2025. O foco estratégico da empresa permanece em seus cinco pilares: manter um portfólio premium de ativos Tier One, garantir a sustentabilidade dos recursos, fazer investimentos disciplinados, manter a força do balanço e buscar excelência global por meio de programas de exploração líderes do setor.
A empresa também enfatizou seu compromisso com saúde e segurança, relatando uma diminuição de 50% em Lesões com Tempo Perdido e uma diminuição de 37% em Lesões Totais em comparação com 2024 até o momento. Esta melhoria reflete o foco da Barrick em práticas de mineração sustentáveis e responsáveis.
Perspectivas dos analistas
Apesar dos fortes resultados trimestrais, a Barrick enfrenta alguns desafios pela frente. De acordo com a transcrição recente da teleconferência de resultados, as ações da empresa estão atualmente sendo negociadas significativamente abaixo de sua máxima de 52 semanas, com um preocupante retorno acumulado no ano de -48%. O Índice de Saúde Financeira de 1,56 relatado pelo InvestingPro sugere potenciais obstáculos, apesar das atualizações operacionais positivas.
Os analistas concentraram suas perguntas no potencial de exploração em Fourmile e na estratégia de alocação de capital da empresa, indicando o interesse dos investidores nas perspectivas de crescimento e disciplina financeira da Barrick. As discussões durante a teleconferência de resultados também abordaram o processo de arbitragem em Loulo-Gounkoto e as posições de prejuízo fiscal no Canadá, refletindo preocupações mais amplas sobre desafios regulatórios e fiscais em algumas regiões operacionais.
O CEO Mark Bristow posicionou a Barrick como "uma oportunidade incomparável para investir em um negócio de ouro e cobre de classe mundial", enfatizando o foco estratégico de longo prazo da empresa na otimização de corpos de minério e na entrega de valor sustentável. Com a produção de cobre aumentando e as operações de ouro mostrando melhoria sequencial, a abordagem diversificada da Barrick parece estar ganhando força, embora o sentimento do mercado permaneça cauteloso dado o desempenho recente das ações.
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