58 milhões de vacinas anticovid venceram no país desde 2021

Publicado 25.11.2024, 05:58
© Reuters 58 milhões de vacinas anticovid venceram no país desde 2021
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MRNA
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O Ministério da Saúde informou que perdeu ao menos 58 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 desde o início da campanha de imunização, em 2021. O volume de imunizantes perdidos equivale a um valor de R$ 2 bilhões.

De acordo com dados do ministério, parte do prejuízo com o vencimento de vacinas foi amenizado com a troca de 4,2 milhões de doses do imunizante da Moderna (NASDAQ:MRNA), num valor de R$ 240 milhões. As informações foram obtidas pelo jornal Folha de S.Paulo por meio de pedido via LAI (Lei de Acesso à Informação).

Conforme o levantamento, o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi responsável pela compra de mais de 70% das vacinas que venceram no estoque do Ministério da Saúde, com lotes principalmente dos imunizantes da AstraZeneca (LON:AZN), feitos em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Destes, alguns foram herdados com validade curta pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A perda de vacinas [contra a] covid-19 está intimamente ligada a diversos fatores, como adesão da população, resistência à vacinação devido às notícias falsas, mudança rápida na composição e na plataforma tecnológica de produção da vacina, que impacta na adesão da população, bem como validades e condições de armazenamento e transporte diversas”, disse o Ministério da Saúde.

No entanto, parte do desperdício ocorre por problemas de gestão. De acordo com dados oficiais, o governo federal desperdiçou ao menos R$ 260 milhões com a compra de vacinas CoronaVac no final de setembro de 2023, quando o imunizante já não estava atualizado para as variantes da covid-19.

Vacinas em falta

Em setembro deste ano, cerca de 8 milhões de doses contra a covid-19 chegaram a vencer, enquanto municípios relataram falta do imunizante para a aplicação.

Levando-se em conta todas as vacinas aplicadas no Brasil, faltam imunizantes em 6 de cada 10 cidades, segundo pesquisa da CMN (Confederação Nacional dos Municípios) feita de 2 a 11 de setembro em 2.415 municípios. A vacina contra varicela lidera o ranking, não chegando a 1.210 cidades. O imunizante para proteger as crianças contra a covid-19 é a 2ª que mais está em falta. Não há o imunizante em 770 municípios.

De acordo com o governo, o problema é uma questão pontual. “Não há falta generalizada de vacinas no Brasil, o levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população […] em diálogo constante com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde”, disse o ministério.

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