Por Steven Scheer
AEROPORTO BEN GURION, Israel (Reuters) - A companhia aérea israelense El Al airlines lançou um programa piloto em seu balcão de check-in no aeroporto de Tel Aviv nesta segunda-feira para testar passageiros não vacinados contra a Covid-19 antes de permitir que eles embarquem em um voo sem escalas para Nova York.
Pouco antes de chegarem aos balcões, 112 dos 280 passageiros do voo 003 foram requisitados pela El Al a passarem por um teste rápido de antígenos - cotonete no nariz - com resultados que saem entre 15 e 20 minutos, detectando fragmentos de proteínas específicas do coronavírus. Todos os 112 passaram no teste.
Companhias aéreas há meses pressionam os governos por tais medidas para prevenir que pessoas precisem passar por quarentenas na chegada. Com cerca de 40 por cento dos israelenses com mais de 16 anos já vacinados com a segunda dose da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)/BioNTech (DE:22UAy) (SA:B1NT34), a maioria dos testados no aeroporto era de crianças, que de acordo com as atuais orientações de saúde, não recebem o imunizante.
"Ele foi bonzinho, chorou apenas por um segundo", disse a mãe de um bebê de 10 meses após a cutucada no nariz feita por uma equipe médica de prontidão em frente ao balcão de check-in.
Para Hili Lazarof, de 5 anos, o teste foi "ok".
O objetivo do teste era garantir que ninguém no avião portasse o coronavírus ou pudesse infectar os demais. Ainda assim o uso de máscaras foi obrigatório durante as 12 horas de voo.
"O que estamos tentando fazer aqui é o conceito básico de adotar três camadas de proteção para os passageiros", disse o diretor executivo da El Al, Avigal Soreq, à Reuters.
(Reportagem de Steven Scheer)