Por Carl O'Donnell
(Reuters) - A farmacêutica Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) anunciou nesta quarta-feira que dados iniciais de um estudo com seres humanos mostram que uma terceira dose de sua vacina atual contra a Covid-19 ou de uma nova candidata a vacina aumentam a imunidade contra as variantes da Covid-19 identificadas primeiramente no Brasil e na África do Sul.
As doses de reforço, administradas a voluntários que já haviam sido imunizados com as duas doses da Moderna, também aumentaram os anticorpos contra a versão original da Covid-19, anunciou a Moderna.
Os dados iniciais provêm de testes feitos com 40 pessoas que tomaram tanto a vacina existente quanto uma versão desenvolvida para proteger contra a variante sul-africana da Covid-19, batizada como mRNA-1273.351. A Moderna também está estudando uma vacina que combine a vacina nova com a existente.
Os resultados demonstram que, embora doses de reforço de ambas as versões tenham aumentado os anticorpos contra todas as variantes da Covid-19 testadas no estudo, a nova dose de reforço teve uma resposta maior contra a variante sul-africana do que a vacina original.
"Estamos animados com esses novos dados, que reforçam nossa confiança de que nossa estratégia de reforço deve ser protetiva" contra as novas variantes da Covid-19, afirmou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, em nota.
As doses de reforço foram bem toleradas, e apresentaram efeitos colaterais semelhantes aos que voluntários em estudos anteriores registraram após a segunda dose da vacina, afirmou a Moderna.