QUITO (Reuters) - O tribunal eleitoral do Equador marcou para 21 de abril um referendo sobre medidas para reforçar a segurança do país, combater o crime organizado e reformar a constituição, afirmou o órgão nesta quarta-feira, em meio a um conflito cada vez maior entre forças do governo e gangues criminosas.
As medidas foram propostas pelo presidente Daniel Noboa, que lançou no começo de janeiro uma ofensiva de segurança para desmembrar grupos criminosos que ele designou como terroristas.
Noboa também defendeu reformas jurídicas para expandir os poderes da polícia e do exército do Equador.
Os equatorianos votarão em 11 questões. Cinco delas serão sobre reformas à constituição do país, disse o Conselho Eleitoral Nacional em comunicado.
Há propostas que buscam impor um controle mais rígido de armas em regiões próximas a prisões e aumentar sentenças para o caso do crime organizado, entre outras.
O Equador, há muito tempo um paraíso para aposentados estrangeiros, está sofrendo com uma espiral de violência desde que a pandemia de coronavírus abalou a economia do país.
Homens armados invadiram uma emissora de televisão que estava no ar mês passado, um candidato presidencial foi baleado ao sair de um comício durante as eleições de 2023 e centenas de detentos foram mortos em tumultos na prisão.
(Reportagem de Alexandra Valencia)