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Nova variante do coronavírus cria pânico e faz mundo fechar portas ao Reino Unido

Publicado 21.12.2020, 12:16
© Reuters. Aviões da British Airways no aeroporto de Heathrow, em Londres
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Por Gerhard Mey e Ben Makori

DOVER, Inglaterra (Reuters) - Mais países fecharam as fronteiras com o Reino Unido nesta segunda-feira devido ao temor de uma nova variante altamente infecciosa do coronavírus, acentuando o pânico global, provocando caos nos transportes e criando a perspectiva de escassez de alimentos no Reino Unido poucos dias antes da consumação do Brexit.

Índia, Polônia, Espanha, Suíça, Rússia, Jordânia e Hong Kong suspenderam as viagens dos britânicos depois que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que uma variante do vírus que passou por uma mutação e é até 70% mais infecciosa foi identificada no país. Arábia Saudita, Kuweit e Omã fecharam suas fronteiras completamente.

Uma série de outros países já suspendeu as viagens, como França, Alemanha, Itália, Holanda, Áustria, Irlanda, Bélgica, Israel e Canadá --embora cientistas digam que a nova variante pode já estar circulando em países com métodos de detecção menos avançados que os dos Reino Unido.

A descoberta da nova variante, ocorrida poucos meses antes da expectativa de uma ampla disponibilidade de vacinas, desencadeou uma nova onda de pânico em meio a uma pandemia que já matou cerca de 1,7 milhão de pessoas em todo o mundo e mais de 67 mil no Reino Unido.

A Austrália informou que o vírus transformado foi encontrado em dois viajantes que iam do Reino Unido ao Estado australiano de Nova Gales do Sul.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, fez um apelo para que o governo dos Estados Unidos tome medidas para evitar que a nova variante entre no país, o mais atingido pela Covid-19 com quase 318 mil mortes.

"É mais que a hora de o governo federal tomar uma ação rápida, porque hoje essa variante está pegando um avião e pousando no (aeroporto) JFK, e tudo que é necessário é apenas uma pessoa", disse ele.

O secretário-assistente de Saúde dos EUA, Brett Giroir, disse que nada foi decidido ainda sobre uma eventual proibição de viagens.

Johnson realizará uma reunião de reação de emergência nesta segunda-feira para debater as viagens internacionais, em particular o fluxo de cargas que entram e saem de seu país. Autoridades da União Europeia já realizaram uma reunião para coordenar sua reação.

A França fechou sua fronteira à entrada de pessoas e caminhões do Reino Unido, interditando uma das principais artérias comerciais com a Europa continental.

Enquanto famílias e motoristas de caminhões tentavam entender as proibições de viagem e voltar para casa a tempo do Natal, a segunda maior rede de supermercados britânica, Sainsbury (LON:SBRY)'s, disse que produtos começarão a desaparecer das prateleiras dentro de dias se os elos de transporte com a Europa continental não forem restaurados rapidamente.

"Se nada mudar, começaremos a ver nos próximos dias a falta de alface, algumas folhas de salada, couve-flor, brócolis e frutas cítricas – todos os quais são importados do continente nesta época do ano", disse a Sainsbury's.

O alarme global se refletiu nos mercados financeiros. As ações europeias despencaram, e o pior impacto foi sentido pelas ações de empresas de viagem e lazer.

© Reuters. Aviões da British Airways no aeroporto de Heathrow, em Londres

Johnson cancelou os planos de Natal de milhões de britânicos no sábado devido à variante mais contagiosa do coronavírus, mas disse que não existem indícios de que ela é mais letal ou que causa uma doença mais grave.

A nova variante do coronavírus e as restrições impostas no Reino Unido se juntam a um cenário já caótico, com o país se preparando para finalmente se separar da União Europeia, possivelmente sem um acordo comercial, quando o período de transição do Brexit se encerrar no dia 31 de dezembro.

(Reportagem adicional de Toby Melville e James Davey em Londres, Laurence Frost em Paris, Sayantani Ghosh em Cingapura, Josh Smith e Sangmi Cha em Seul, Renju Jose em Sydney, Shilpa Jamkhandikar em Mumbai e Farah Master em Hong Kong)

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