Nos últimos meses, a atenção em torno do Bitcoin aumentou exponencialmente assim como o preço da principal criptomoeda do mercado que chegou a ser cotada perto de US$ 42 mil.
Além dos investidores do varejo, grandes instituições financeiras como PayPal (NASDAQ:PYPL) (SA:PYPL34), MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) e Grayscale também começaram a adotar o Bitcoin.
No entanto, é inegável que o Bitcoin é um ativo altamente volátil e não é incomum que os preços flutuem mais de 20% em poucas horas.
Nesse sentido, para tentar prever o preço do Bitcoin, existem muitos indicadores técnicos e tendências de mercado que podem ser analisadas.
Modelo estoque e fluxo
Uma dessas métricas é a relação estoque/fluxo, comumente usada para estimar o preço do Bitcoin.
Resumidamente, a relação estoque/fluxo é uma forma de medir o aumento da quantidade de algo ao longo do tempo. Além disso, a métrica ajuda a comparar esse crescimento com a quantidade atual.
No caso do Bitcoin, que tem uma taxa de fornecimento fixa que é reduzida à metade a cada quatro anos, o modelo de relação estoque/fluxo tenta prever seu preço do Bitcoin com base nessa escassez.
Com base nessa métrica, estima-se que em meados de 2021, o Bitcoin atingirá US$ 100.000. Já em 2026, o Bitcoin atingirá US$ 1 milhão. No entanto, se o Bitcoin continuará a se desenvolver de acordo com essa tendência, só o tempo dirá.
Google Trends
Outro indicador importante é o Google (NASDAQ:GOOGL) Trends. A ferramenta mostra a quantidade de vezes que o termo “Bitcoin” é pesquisado no Google. Portanto, a métrica revela o aumento ou queda do interesse pela criptomoeda.
Não é possível obter muitas informações sobre o preço do Bitcoin apenas neste gráfico. Mas ele é importante para acompanhar as tendências.
Quando se comparada o gráfico do Google Trends com o gráfico do preço do Bitcoin a similaridade entre ambos revela um importante dado sobre o mercado.
Índice de Força Relativa (RSI)
O Índice de Força Relativa (RSI, na sigla em inglês) é outro indicador importante.
Ele se baseia em um “momentum” projetado para medir a magnitude das mudanças recentes de preços. O objetivo é determinar se um ativo está sobrecomprado ou sobrevendido.
O intervalo de valores típico é entre 30 e 70. Um valor abaixo de 30 indica que o ativo está sobrevendido ou subvalorizado. Já um valor acima de 70 indica que o ativo está sobrecomprado ou sobrevalorizado.
Historicamente, quando o RSI do Bitcoin atinge um pico acima de 70, faz com que o preço caia drasticamente.
Índice do dólar
O quarto indicador é o índice do dólar (DXY) que representa a força relativa do dólar em uma escala global.
O DXY compara o valor do dólar americano com euro, iene japonês, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço.
A escassez do Bitcoin é um das coisas que mais diferencia a criptomoeda das moedas fiduciárias. Enquanto o BTC tem um estoque finito, as moedas tradicionais podem ser impressas de forma quase ilimitada.
Exemplo disso é que, desde setembro de 2019, o Federal Reserve dos EUA já imprimiu cerca de 9 trilhões de dólares. E cerca de 20% dos atuais dólares em circulação foram impressos apenas em 2020.
Paralelamente a isso, o Bitcoin cresceu significativamente e e está agora em um forte mercado altista. Para especialistas, isso indica que os investidores, preocupados com uma possível inflação, buscaram no BTC uma forma de reserva de valor.
Conforme o valor do DXY cai, o preço do BTC sobe.
Número de tweets
O Twitter tem cerca de 330 milhões de usuários e cerca de 500 milhões de tuítes são enviados todos os dias.
Assim como com Google Trends, não se pode obter muitas informações de preços diretamente deste indicador.
No entanto, esta é outra ferramenta para uma comparação interessante.