A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o primeiro ETF de Ethereum (ETH) da América Latina, conforme relatou a QR Asset Management nesta terça-feira (13). O novo produto foi criado pela própria QR e terá o código de QETH11.
Como resultado da aprovação, o Brasil mais uma vez larga na frente em termos de ETF de criptomoedas na América Latina. O QETH11 é o quarto ETF de ETH negociado nas Américas, perdendo apenas para os três ETFs lançados no Canadá:
- Purpose Ether ETF (ETHH);
- CI Galaxy Ethereum ETF (ETHX);
- Evolve Ether ETH (ETHR).
Apesar de aprovado, o novo ETF ainda não possui uma data para a listagem na B3 (SA:B3SA3). Contudo, a aprovação definitiva já garante o lançamento do ETF em uma data posterior.
Assim como o QBTC, o fundo terá como referência o índice CME CF Ether Reference Rate, um dos mais amplos e seguros do mercado, que é usado pela Chicago Mercantile Exchange (CME). A CME negocia contratos futuros de ETH desde fevereiro.
Mercado de R$ 4,3 trilhões na B3
Agora, o investidor brasileiro terá acesso rápido e facilitado às duas maiores criptomoedas do mercado e, consequentemente, a um mercado trilionário. Segundo dados do CoinMarketCap, BTC e ETH possuem o equivalente a R$ 4,3 trilhões em valor de mercado.
“O investidor brasileiro agora tem a possibilidade de exposição aos dois maiores e mais valiosos ativos digitais do mundo, de forma regulada, simples e segura. Não é mais necessário cadastro em exchanges, criação de chaves privadas ou preocupação com custódia segura, uma vez que o fundo conta com custódia de nível institucional em deep cold storage, provida pela Gemini — empresa especializada em custódia de criptoativos fundada pelos gêmeos Winklevoss”, afirmou a QR Asset em nota.
O QBTC11, lançado pela QR em junho, já acumula 727 BTC sob gestão — cerca de R$ 122 milhões. De acordo com a QR, o ETF bateu o recorde de negociação na B3 na terça-feira (13). Foram negociadas 3,861 milhões de cotas, perfazendo um total de R$ 41,884 milhões movimentados.
Os ETFs aprovados no Brasil em 2021 mostram a força e também a diversificação do mercado. Além dos ETFs focados em apenas uma criptomoeda, há também o HASH11, criado pela gestora Hashdex. Este fundo permite exposição a uma cesta com as principais criptomoedas do mercado.