O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, está compartilhando suas percepções sobre como será o futuro da empresa de pagamentos se o XRP for declarado um valor mobiliário pelo governo dos Estados Unidos.
Em um episódio do Pomp Podcast, com Anthony Pompliano, Garlinghouse disse que está muito otimista e não teme os reguladores.
Segundo ele, se reguladores determinarem que o criptoativo é um valor mobiliário, uma parte dos negócios da Ripple nos EUA precisará mudar. Entretanto, muitos negócios da empresa poderão operar normalmente.
“Muito do que o Ripple faz hoje nos Estados Unidos, poderíamos continuar a fazer, sem problemas. Um componente do que fazemos hoje é que nossos clientes de ODL (On-Demand Liquidity) compram XRP de nós. Se [XRP], de fato, for um valor mobiliário, teríamos que obter uma licença de corretor. Qualquer pessoa que esteja comprando e vendendo XRP nos Estados Unidos teria que obter uma licença de corretor. Essa é basicamente a única mudança”, disse.
Ripple pode mudar por regulação mais amigável
O chefe da startup de San Francisco também discutiu publicamente a possibilidade de a empresa mudar para jurisdições regulatórias mais amigáveis. Ou, pelo menos, para locais em que as regulamentações em torno das criptomoedas sejam mais claras.
Durante a entrevista com Pompliano, Garlinghouse falou novamente sobre essas possibilidades:
“A realidade é que provavelmente o que faríamos seria apenas dizer, ‘Ok. Para fornecer certeza e clareza no futuro, gostaríamos de olhar para outros mercados e outras jurisdições onde existe essa clareza.’ No início desta conversa, destaquei o Reino Unido. Eu destaquei o Japão. Eu destaquei Cingapura…”, afirmou.
Por fim, Garlinghouse destacou que, independentemente de o XRP ser ou não considerado um título, os negócios da empresa não devem ser significativamente alterados de qualquer maneira.
Nesse sentido, ele chegou a dizer, inclusive, que seria do interesse dos Estados Unidos manter a empresa no país.
“Francamente, a maioria de nossos clientes são clientes fora dos Estados Unidos hoje em dia. Portanto, poderíamos continuar a construir o negócio e crescer. Acontece que não seríamos mais contribuintes dos EUA, onde pagamos uma ordem de magnitude de algumas centenas de milhões de dólares em impostos. Eu só acho que não serve à agenda dos EUA nos levar para o exterior”, concluiu.