Por Geoffrey Smith
Investing.com – A Coinbase (NASDAQ:COIN) (BVMF:C2OI34), plataforma de negociação de moedas digitais, declarou, na quarta-feira, que está encerrando suas operações no Japão, em sua mais recente medida de redução de tamanho após o colapso das criptos no último ano.
No início deste mês, a companhia anunciou planos de cortar mais 20% dos seus colaboradores, como parte de um esforço para realizar uma “revisão completa dos seus negócios no país”.
Ao anunciar os cortes de postos de trabalho na semana passada, o CEO Brian Armstrong disse que a empresa colocará um ponto final em vários projetos nos quais enxerga "pouca possibilidade de êxito".
A adoção das criptos no Japão é lenta em relação ao tamanho da sua economia geral, principalmente devido à ação rápida dos órgãos reguladores do sistema financeiro, no sentido de restringir a atuação das exchanges. A Kraken, rival da Coinbase, declarou, no fim de dezembro, que também encerraria as operações no país neste mês.
Os clientes terão até 16 de fevereiro para retirar seus recursos da plataforma tanto em criptos quanto em moedas fiduciárias. Qualquer quantia remanescente após essa data será convertida em ienes, e o dinheiro será enviado para uma conta-garantia no Departamento de Assuntos Jurídicos, de acordo com a legislação local.
A notícia saiu no momento em que o bitcoin e outras moedas digitais registravam uma espécie de “minirrenascimento”, em meio a esperanças de que o pior já tenha passado. Sinais recentes de que o Federal Reserve irá reduzir o ritmo de aumentos de juros, podendo inclusive reverter sua política de aperto neste ano, respaldaram as criptomoedas, juntamente com outros ativos de risco. As ações da Coinbase subiram mais de 8% na terça-feira, após o bitcoin superar US$ 22.000 pela primeira vez em dois meses.
No entanto, grandes incertezas ainda pairam sobre o setor, principalmente quanto às acusações contra a Gemini e a Genesis na SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA, bem como à investigação em andamento do Departamento de Justiça contra a maior plataforma de criptomoedas do mundo, a Binance.