Alerta do Balanço de Nvidia: Por que nossa estratégia por IA ainda se posiciona na açãoLeia Mais

CVM multa em R$ 48 milhões ‘Rei do Bitcoin’, Grupo Bitcoin Banco e outros envolvidos em esquema

Publicado 04.10.2023, 08:00
Atualizado 04.10.2023, 08:10
© Reuters.  CVM multa em R$ 48 milhões ‘Rei do Bitcoin’, Grupo Bitcoin Banco e outros envolvidos em esquema
BTC/USD
-

CriptoFácil - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julgou na terça-feira (03) o autoproclamado “Rei do Bitcoin”, Cláudio José de Oliveira, sua empresa Bitcurrency Moedas Digitais (Grupo Bitcoin Banco – GBB), a sócia CLO Participações e Investimentos e seu diretor presidente Johnny Pablo Santos por oferta pública irregular no mercado de capitais.

Após analisar o caso e acompanhando o voto do relator João Accioly, o Colegiado da CVM decidiu, por unanimidade, multar Cláudio em R$ 9,25 milhões pela acusação formulada. Já Johnny Pablo Santos, como diretor-presidente da Bitcurrency, terá que pagar uma multa de R$ 1,85 milhão.

Enquanto isso, a Bitcurrency e a CLO Participações S.A. foram multadas em R$ 18,5 milhões cada uma. Dessa forma, o valor total das multas aplicadas pela CVM pela oferta pública irregular no mercado de capitais foi de R$ 48,1 milhões.

Julgamento do ‘Rei do Bitcoin’

De acordo com o documento do julgamento, a Superintendência de Registro de Valores Mobiliários da CVM instaurou um Processo Administrativo Sancionador (PAS) para apurar a eventual responsabilidade dos quatro mencionados por realização de oferta de valores mobiliários sem a obtenção do registro previsto em lei.

A apuração teve início em 2019 para analisar denúncias e reclamações protocoladas na CVM entre maio e agosto daquele ano, noticiando a atuação no mercado do Grupo Bitcoin Banco (GBB), por meio da plataforma de negócios NegocieCoins e outras.

As denúncias apontaram problemas para realização de saques, o desaparecimento do capital investido e a ausência de respostas por parte das empresas.

A partir das denúncias, a Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores verificou a suposta existência de um esquema fraudulento baseado em mecanismo de “arbitragem infinita” entre as exchanges NegocieCoins e TemBTC, integrantes do GBB.

Além disso, a CVM identificou a existência de “Produtos com investimentos em Bitcoin” oferecidos pelo GBB pela internet. A promessa era de uma “compensação de 1% ao mês e uma adicional, por performance entre 2% e 7%”, dividido entre o investidor e o GBB.

  • Leia também: Inteligência artificial prevê preço do Bitcoin para 31 de outubro de 2023

Defesa do GBB

A empresa respondeu à CVM, dizendo que nenhuma das empresas ofertava investimentos, mas sim “negócios jurídicos com prazos de empréstimo e formas de compensação distintos”, entre outras alegações.

A CVM, no entanto, concluiu que a oferta de “Produtos com investimentos em Bitcoin” tratava-se de Contrato de Investimento Coletivo sem o devido registro. Dessa forma, a autarquia emitiu um “stop order” contra a empresa. Ou seja, ordenou a paralisação da oferta de investimento.

A autarquia atribuiu a responsabilidade pelas infrações à Bitcurrency, a seus sócios Cláudio Oliveira e CLO Participações, e a seu diretor Johnny Santos.

“Em vista do exposto, a Acusação propôs a responsabilização da Bitcurrency e da CLO Participações, na qualidade de ofertantes, de Cláudio Oliveira, na qualidade de administrador da Bitcurrency e da CLO Participações e de Johnny Santos, na qualidade de administrador da Bitcurrency, por realização de oferta de valores mobiliários sem a obtenção do registro previsto”, disse a CVM.

Sobre o Grupo Bitcoin Banco

Como mencionado, o “Rei do Bitcoin” prometia altos retornos por meio de investimentos no GBB. Mas após o início das investigações, Claudio obteve uma decisão favorável a um pedido de recuperação judicial em Curitiba. O processo suspendeu todas as ações de execução movidas contra as empresas do grupo.

Contudo, constatou-se que o grupo não cumpria as obrigações determinadas pelo decreto de recuperação judicial. Além disso, o GBB seguia oferecendo contratos de investimento coletivos sem autorização da CVM.

Então, em julho de 2021, a PF deflagrou uma operação que culminou com a prisão de Cláudio, de sua esposa e outras três pessoas. Com exceção de Cláudio, todos os suspeitos foram liberados na sequência. Poucos dias depois, a justiça decretou a falência do GBB.

Em abril do ano passado, Cláudio José de Oliveira foi condenado a 8 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. Além disso, teve que pagar uma multa por estelionato e crimes contra o sistema financeiro.

Por CriptoFácil

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.