O Bitcoin (BTC) registrou o seu maior aumento percentual desde janeiro deste ano e o terceiro aumento positivo consecutivo.
De acordo com dados da BTC.com, que monitora a dificuldade de mineração do BTC e publica atualizações à medida que os ajustes ocorrem (a cada 15 dias, aproximadamente), a dificuldade de mineração saltou 9,26% nesta quarta-feira (31). A título de comparação, em janeiro o aumento foi de 9,32%.
Com isso, é provável que a lucratividade dos mineradores sofra um impacto negativo.
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O que é a dificuldade de mineração do Bitcoin?
Os ajustes de dificuldade de mineração de BTC ocorrem a cada 2.016 blocos. Ou seja, aproximadamente a cada duas semanas, em sincronia com a taxa de hash da rede.
A taxa de hash da rede também aumentou mais de 12% desde o dia 18 de agosto, data da última atualização, segundo dados do The Block.
A dificuldade de minerar um bloco de Bitcoin refere-se à complexidade do processo matemático por trás da mineração. Esse fator se ajusta de forma automática para manter o tempo necessário para minerar um novo bloco constante em cerca de 10 minutos.
No processo de mineração, os mineradores tentam encontrar um hash abaixo de um nível definido. Assim, quando eles “descobrem” esse hash, ganham a recompensa em BTC.
À medida que mais poder de computação se conecta à rede, a dificuldade aumenta. Por outro lado, à medida que o poder de computação sai da rede, a dificuldade diminui.
Mineradores lucrando menos
Quanto maior for a dificuldade, menor será a lucratividade dos mineradores. Afinal, é menos provável que eles consigam minerar com sucesso um bloco e receber as recompensas por isso.
Vale destacar que os mineradores de BTC já estão enfrentando um período de lucros baixos devido ao forte recuo no preço do Bitcoin. Apenas no acumulado do ano, o preço caiu de R$ 260.600 para o preço atual de cerca de R$ 104.300, em uma queda de cerca de 60% na cotação em reais.
Além disso, os preços da energia subiram este ano, tornando a atividade ainda menos lucrativa.
Dificuldade de mineração De modo geral, a dificuldade de mineração do BTC opera com base em ciclos. Normalmente, ela diminui durante os meses de verão. Afinal, alguns países proíbem a mineração neste período devido à alta demanda de eletricidade.
Isso aconteceu mais uma vez em 2022. Conforme noticiou o CriptoFácil, a rede do BTC sofreu três ajustes negativos consecutivos no verão. Em 22 de julho foi registrada a maior queda do ano, de 5,01%.
Mas, a partir de agosto, a tendência mudou e a dificuldade começou a aumentar. No dia 4, por exemplo, a dificuldade de mineração registrou um aumento positivo de 1,74%. Duas semanas depois, em 18 de agosto, a rede sofreu outro ajuste, desta vez de 0,63%.