Investing.com - O mercado de criptomoedas enfrentou uma pressão de baixa no mês passado, após a aprovação dos primeiros fundos com cotas negociadas em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista nos Estados Unidos. O ETF, que permite aos investidores comprar e vender bitcoins diretamente, atraiu a atenção dos mineradores, que aproveitaram a oportunidade para vender parte de seus ativos e cobrir seus custos operacionais.
Segundo dados da blockchain, mais de US$ 1 bilhão em bitcoin saíram das carteiras dos mineradores desde o início do comércio do ETF, em janeiro. Em fevereiro, a tendência de saída continuou, totalizando cerca de 10.200 BTC em um mês.
Além das vendas dos mineradores, o mercado de criptomoedas também foi afetado pela redução da demanda pelo fundo Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que até então era a principal forma de exposição indireta ao bitcoin. Com a concorrência do ETF de bitcoin à vista, o GBTC perdeu parte de seu apelo e registrou saídas de investidores.
Esses fatores contribuíram para a queda de mais de 20% no preço do bitcoin na segunda quinzena de janeiro, que chegou a ficar abaixo de US$ 40.000. No entanto, os investidores de longo prazo mantiveram sua confiança na criptomoeda e não se desfizeram de seus ativos. De acordo com relatórios, a oferta de bitcoin vem diminuindo nos últimos dois anos, o que indica uma expectativa de valorização futura.
No curto prazo, o bitcoin parece ter encontrado um suporte acima de US$ 42.500 em fevereiro, mas enfrenta uma resistência na faixa de US$ 43.000. Isso resultou em uma compressão de preço, que pode anteceder um aumento na volatilidade. Nos próximos dias, o bitcoin pode retomar seu movimento e formar velas diárias mais longas.