Por Medha Singh e Lisa Pauline Mattackal
(Reuters) - A criptomoeda ether pode estar perto de superar o líder bitcoin, enquanto se aproxima de uma atualização para torná-la mais rápida, barata e com menor consumo de energia, com perspectiva de um futuro cripto mais sustentável.
A fusão, que faria a mineração de ether passar do método de prova de trabalho intensivo em energia para prova de participação, foi adiada, frustrando os investidores.
O ether caiu 8% em 11 de abril, o dia em que o desenvolvedor líder do ethereum, Tim (SA:TIMS3) Beiko, disse no Twitter que o lançamento de junho havia sido adiado à medida que os testes continuam. A criptomoeda caiu 13% neste mês.
"Não será em junho, mas provavelmente nos próximos meses", escreveu Beiko no tuíte. "Ainda não temos uma data definida, mas estamos definitivamente no capítulo final."
O momento da fusão - a cadeia EH1 do ethereum se fundirá com uma nova cadeia para criar o ETH2 - segue incerto, embora muitos observadores do setor esperam que isso aconteça ainda este ano. Beiko não respondeu a um pedido de comentário.
A capitalização de mercado do ether, de 363 bilhões de dólares, é menos da metade do bitcoin. Juntos, os dois representam 60% do mercado de criptomoedas.
Tanto o bitcoin quanto o ether são produzidos usando um método de prova de trabalho em que milhares de mineradores competem para resolver quebra-cabeças matemáticos complexos. Este é um processo que consome muita energia, promovendo temores sobre criptomoedas em um mundo com redução da pegada de carbono.
O método alternativo de prova de participação usa muito menos energia porque, em vez de ter milhões de computadores correndo para processar quebra-cabeças, permite que os nós do sistema validem transações.
O ethereum tem sido prejudicado por questões de velocidade e custos de processamento. A blockchain processa apenas 30 transações por segundo, mas espera processar até 100 mil transações por segundo quando passar para o POS. Isso permitirá competir com outras altcoins menores, como Solana e Cardano.
(Reportagem de Medha Singh e Lisa Pauline Mattackal)