CriptoFácil - O FBI, agência de investigação dos Estados Unidos, emitiu um novo alerta sobre ataques de hackers em carteiras de criptomoedas. De acordo com o documento, uma série de jogos play-to-earn estariam sendo utilizados para roubar e esvaziar wallets de usuários. Os jogos estariam sendo distribuídos em lojas de aplicativos de celular, sem informações sobre a empresa desenvolvedora ou investidores.
Ainda de acordo com o FBI, os hackers atraem usuários prometendo altas recompensas financeiras em jogos fáceis. Os jogos estariam disponíveis em lojas de aplicativos, mas também estariam sendo distribuídos via link de download em conversas online.
O amigo online de confiança
De acordo com a análise da BleepingComputer, empresa responsável por mapear essas abordagens, os criminosos geralmente entram em contato com a vítima e estabelecem um vínculo, antes de aplicar o golpe.
“Os criminosos entram em contato com as vítimas online e constroem um relacionamento com elas ao longo do tempo. Depois de um tempo, eles apresentam às vítimas um jogo baseado na web ou celular, no qual os jogadores supostamente ganham recompensas em criptomoedas em troca de algum exercício, semelhante ao cultivo de ‘colheitas’ em uma fazenda animada”, declarou a agência.
A vítima então é instruída a comprar uma criptomoeda para participar dos ganhos. De acordo com a análise feita pela agência, o argumento mais utilizado é sobre o aumento de forma exponencial dos ganhos, caso a vítima compre o token. A partir daí, os golpistas começam a incentivar cada vez mais compras no aplicativo.
Segundo os dados do FBI, quando as vítimas interrompem a frequência de compra das criptomoedas, os bandidos então drenam todo o saldo de suas carteiras. Além disso, muitas vezes também é imposto o pagamento de taxas extras dentro do aplicativo. No entanto, todas as compras, taxas e o saldo em criptomoeda é direcionado para as mãos do golpista.
Aumenta o número de hacks
Além disso, o FBI também alertou para o aumento para mais de 4 milhões de novos dados maliciosos. O relatório aponta para um aumento de 6% apenas em 2022. De acordo com os dados da Kaspersky, existem mais de 122 milhões de tipos de dados maliciosos em circulação no mercado.