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O governo de Hong Kong, pela primeira vez, respondeu a questionamentos sobre o uso de criptomoedas como prova de riqueza em seu programa de imigração.
De acordo com a Reuters, o contador público certificado Clement Siu revelou que tratou de dois casos onde bitcoin e ether foram aceitos como prova de ativos dos clientes. Embora as criptomoedas não sejam ativos aprovados para investimento direto sob o New Capital Investment Entrant Scheme (New CIES), esses casos sugerem um reconhecimento crescente dos ativos digitais como mainstream.
A InvestHK, que supervisiona as aplicações do New CIES, declarou que "não há requisitos específicos" em relação às classes de ativos, abrindo espaço para criptomoedas como potencial prova de riqueza. O New CIES, relançado em março de 2024, exige que os candidatos demonstrem controle sobre ativos no valor de pelo menos HK$ 30 milhões (3,9 milhões USD), que devem então ser investidos em ativos aprovados para obter residência.
Embora não tenha comentado especificamente sobre os casos de Siu, a postura aberta da InvestHK sobre tipos de ativos indica uma aceitação mais ampla dos ativos virtuais. Esta medida posiciona Hong Kong na competição com rivais regionais como Singapura e Dubai para se tornar um hub global de ativos virtuais.
Jupiter Zheng, sócio da HashKey Capital, observou que aceitar ativos virtuais como prova demonstra sua equivalência aos ativos tradicionais em Hong Kong, marcando um passo significativo em sua integração ao mainstream. No entanto, o programa exclui candidatos da China continental, a menos que obtenham residência permanente em um terceiro país, potencialmente levantando preocupações sobre a evasão dos controles de capital da China.
A revelação de Siu incluiu um caso em que um cidadão chinês, com residência na Guiné-Bissau, usou ether como prova de riqueza. Dados do governo de Hong Kong de junho revelaram que quase 80% dos mais de 250 candidatos ao New CIES eram da Guiné-Bissau ou Vanuatu. A inclusão de criptomoedas nos processos de verificação de riqueza ressalta o cenário em evolução da classificação de ativos nas políticas de imigração.
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