Com a carga tributária recolhida pelos governos federal, estadual e municipal, seria possível comprar cerca de 1.963.007 Bitcoins (BTC).
De acordo com o portal Impostômetro, os residentes do Brasil já contribuíram com mais de R$ 611,5 bilhões em impostos este ano.
No momento de escrita desta matéria, o BTC está cotado a R$ 311.511,84.
Alta nas arrecadações
Aparentemente, a crise econômica gerada pela pandemia não implicou na queda das receitas arrecadadas este ano.
Apenas em fevereiro, o governo brasileiro registrou mais de R$ 127,74 bilhões, uma alta de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Para a Receita Federal, três fatores contribuíram para o aumento das taxas de fevereiro.
A recuperação econômica este ano, principalmente da indústria e do comércio eletrônico, refletiu na arrecadação.
Assim como o montante de R$ 5 bilhões gerados por Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e pela Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no mês passado.
Por último, a Receita atribuiu à reserva o aumento dos impostos de importação. Segundo a entidade, este ano foi arrecadado mais de R$ 2,1 bilhões em comparação ao ano passado.
Impacto da pandemia Analisando o contexto econômico e somando a alta desses setores, é possível constatar um aumento de R$ 6,08 bilhões entre fevereiro deste ano e o mesmo período em 2020.
Os resultados conquistados sugerem que a economia está se restabelecendo em 2021. No entanto, é muito cedo para tal afirmação.
Nova CPMF
Uma das apostas de Paulo Guedes, ministro da economia, era a criação de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) durante a gestão do presidente Bolsonaro.
Apesar do Ministério da Economia não ter definido o valor, a “nova CPMF” não foi bem recebida pela ala de oposição ao governo. No momento, o projeto não está sendo discutido pelos parlamentares.
“Carga tributária” na criptoesfera Investidores do mercado de criptomoedas também precisaram pagar taxas “tributárias” ao ecossistema blockchain.
No entanto, os valores, mesmo em esfera global, são menores que as contribuições ao governo brasileiro.
De janeiro até o momento, cerca de R$ 2,38 bilhões foram pagos em taxas de transações de BTC.
Atentos à movimentação da criptoesfera, a Receita Federal informou que a Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior pretende revisar a Instrução Normativa nº 1888.
O intuito da retificação é obrigar as exchanges de criptomoedas a repassar as transações dos investidores à Receita. Estima-se que o órgão público classifique a nova norma como “tributação”.