As recentes mudanças na rede Ethereum foram alvo de um relatório do banco JPMorgan. Segundo os analistas do banco, cerca de US$ 40 bilhões podem entrar na rede até 2025. O valor corresponde a quase R$ 200 bilhões na cotação atual.
Este valor pode ir especialmente para a prova de Participação (PoS), onde os usuários ganham criptomoeda colocando seus próprios tokens para validar transações.
Kenneth Worthington, analista do JPMorgan, destacou que a rede vale atualmente cerca de US$ 9 bilhões. Ou seja, a entrada de novo capital poderia gerar um aumento de 444% na indústria.
Mudança para PoS trará crescimento imediato
A atualização do Ethereum 2.0 (ETH 2.0) trará justamente a mineração PoS para a segunda maior criptomoeda. A princípio, o mercado de PoS pode sair dos atuais US$ 9 bilhões para US$ 20 bilhões em 2022, ano previsto para a implementação do PoS.
Em seguida, a indústria de PoS seguirá em evolução até que, eventualmente, alcance os US$ 40 bilhões em 2025. Nesse meio tempo, os investidores de criptomoedas podem obter rendimentos confiáveis tanto em termos de valorização quanto no PoS em si, afirma o banco.
Worthington e sua equipe também analisaram o retorno do PoS em plataformas externas. A análise levou em conta a exchange Coinbase (NASDAQ:COIN), para a qual eles projetaram ganhos de US$ 500 milhões ao ano com PoS até o final de 2025.
“Vemos a mineração PoS como um fluxo crescente de receita para intermediários de criptomoedas, como a Coinbase, bem como uma fonte de renda para varejistas e proprietários comerciais de criptomoedas que utilizam o protocolo”, disseram os analistas.
Dilema entre melhorias
Os desenvolvedores planejam introduzir o sistema PoS no final de 2021, ou no início de 2022. A melhoria é uma das mais aguardadas atualizações do ETH 2.0. Há uma expectativa que a mineração se torne mais sustentável e também mais lucrativa.
No entanto, os analistas também alertaram sobre o que consideram riscos. Especificamente, dois riscos que são conhecidos para os experientes, mas podem ser um problema ao público leigo.
Primeiramente, no sistema PoS, as criptomoedas do usuário ficam bloqueadas por um período. Ou seja, o dono não consegue vender em caso de uma baixa no mercado. Isso pode ser um empecilho caso o investidor queira reduzir prejuízos durante uma queda.
Por fim, o banco alertou para o risco de golpes que podem ocorrer neste sistema. Nesse sentido, o relatório alertou que os investidores coloquem dinheiro apenas em plataformas confiáveis.