A exchange KuCoin, sediada em Singapura, foi vítima de um ataque hacker que causou grandes perdas de criptoativos.
Segundo um comunicado da empresa, o ataque começou ainda na quinta-feira (25).
Em uma transmissão ao vivo no sábado (26), o CEO da KuCoin, Johnny Lyu, falou sobre o ataque. Ele disse que um ou mais hackers obtiveram as chaves privadas das carteiras online da exchange.
Roubo quase bilionário Inicialmente, a exchange detectou grandes retiradas de Bitcoin e Ether (ETH). As criptomoedas roubadas foram movidas para uma carteira desconhecida até o momento.
A KuCoin transferiu o que restava neles para novas carteiras quentes, abandonou as antigas e congelou os depósitos e retiradas dos clientes, disse Lyu.
Porém, as perdas foram significativas. No total, foram mais de US$ 150 milhões (R$ 825 milhões) retirados dessas carteiras.
O CEO da empresa garantiu que as carteiras offline de KuCoin não foram afetadas. Essas carteiras não estão conectadas à internet, o que as torna mais seguras do que as carteiras online.
KuCoin divulga endereços das carteiras
No domingo (27), a KuCoin conseguiu descobrir algumas carteiras para onde os fundos roubados seguiram. A empresa divulgou os endereços em uma atualização no seu site oficial.
Na lista estão presentes os seguintes criptoativos: Bitcoin, Bitcoin SV, ETH, Litecoin, XRP, Stellar (XLM), Tron e USDT.
Duas carteiras de ETH pertencentes à KuCoin enviaram mais de 11.480 ETH, ou cerca de R$ 22 milhões na cotação atual.
As outras carteiras identificadas receberam exatamente as seguintes quantidades:
- 14.713 Bitcoins SV;
- 26.733 Litecoins;
- 18.495.798 XRP;
- 999.160 USDT.
Além desses valores, outros 1.008 Bitcoins, 9,6 milhões de Monero e 199 milhões de Tron foram roubados. As informações são dos exploradores Blockchair e Tronscan.
Segundo Lyu, a KuCoin está investigando o hack com as autoridades internacionais. Ele afirmou que o dinheiro roubado dos clientes será “coberto completamente” por um fundo de seguro.
Já a Tether e várias exchanges, como a Bitfinex, colocaram os endereços da carteira em suas listas de endereços suspeitos.