CriptoFácil - Após meses engajada com os tokens não fungíveis (NFTs), a Meta, dona do Facebook (NASDAQ:META) e do Instagram, decidiu encerrar o suporte para colecionáveis digitais em suas redes sociais. O anúncio foi feito pelo chefe de comércio e tecnologias financeiras da Meta, Stephane Kasriel, em sua conta no Twitter.
De acordo com Kasriel, a empresa segue comprometida em apoiar criadores de conteúdo e vai focar nisso:
“Estamos diminuindo os colecionáveis digitais (NFTs) por enquanto para focar em outras formas de apoiar criadores, pessoas e empresas”, disse ele.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a Meta começou a testar NFTs com usuários selecionados do Instagram em maio do ano passado, permitindo que usuários da plataforma exibissem seus NFTs. Dois meses depois, a companhia de Mark Zuckerberg expandiu o suporte para NFTs na rede social para criadores de 100 países.
Meta desiste de NFT
Kasriel também usou sua conta no Twitter para agradecer aos parceiros que se juntaram à empresa nessa iniciativa com NFT.
“Esperamos apoiar os muitos criadores de NFT que continuam usando o Instagram e o Facebook para ampliar seu trabalho”, escreveu.
Além disso, o executivo também destacou que criar oportunidades para criadores e empresas se conectarem com seus fãs e gerar receita continua sendo uma prioridade da Mera. Nesse sentido, a empresa vai se concentrar em áreas onde pode causar impacto em grande escala, como mensagens e operações de monetização para Reels.
Um porta-voz da Meta disse ao TechCrunch que está transferindo os seus investimentos de NFTs para produtos como Meta Pay, por exemplo. Além disso, vai investir em recursos que permitam aos criadores ganhar dinheiro diretamente nas plataformas Meta.
“Estamos simplificando os pagamentos com o Meta Pay, facilitando o checkout e os pagamentos e investindo em pagamentos por mensagens no Meta”, concluiu Kasriel.
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NFTs em baixa
A decisão da empresa em encerrar o suporte aos NFTs ocorre em um momento de desaceleração do setor de tecnologia como um todo. Os NFTs estão em baixa, assim como os preços das criptomoedas e das ações de empresas de tecnologia.
A Meta, por exemplo, tem cortado custos em toda a empresa desde o ano passado. Em novembro, a Meta demitiu 11.000 pessoas, ou cerca de 13% de sua força de trabalho global, marcando os maiores cortes na história da empresa.
Na sexta-feira, o The Wall Street Journal (WSJ) informou que a Meta está planejando novas rodadas de demissões nos próximos meses. Pessoas familiarizadas com o assunto disseram ao WSJ que a empresa também deve “encerrar alguns projetos e equipes”.