CriptoFácil - Depois de anunciar uma paralisação em suas operações devido a desentendimentos entre os cofundadores, a plataforma P2P de Bitcoin (BTC) e criptomoedas, Paxful, anunciou que está retomando suas atividades. Em uma postagem no Twitter, a empresa afirmou:
“Estamos gradualmente restaurando a funcionalidade do mercado, mas você pode começar a negociar na Paxful agora. Basta fazer login na sua conta da Paxful.”
Usuários da Paxful no Brasil disseram ao CriptoFácil que tiveram sucesso em fazer login na plataforma mas, até o momento, nenhum deles relatou sucesso nas vendas ou recebimento de ativos.
Vale lembrar que a exchange P2P havia paralisado suas operações em 4 de abril. Na época, a justificativa para a decisão foi a perda de funcionários importantes e as altas exigências impostas pelo cumprimento regulatório nos EUA. No entanto, o que houve, na verdade, foi um desentendimento entre os cofundadores.
O cofundador e CEO da Paxful, Ray Youssef, escreveu em um post de blog que o encerramento provavelmente seria um choque para muitos.
Paxful: a volta dos que não foram
Youssef orientou os usuários a retirar seus fundos e, se possível, optar pela auto-custódia. Ele citou “saídas importantes de funcionários” e “desafios regulatórios para o setor” como razões para a paralisação. Além disso, ele revelou que a decisão também foi influenciada por uma ação movida por um cofundador da Paxful.
De acordo com Youssef, o cofundador – provavelmente Artur Schaback – estava processando a Paxful e Youssef após ser “expulso da empresa” há mais de um ano. Schaback entrou com uma ação no Tribunal de Chancelaria de Delaware contra Youssef em janeiro, segundo informações do CourtConnect.
Um porta-voz da Paxful afirmou que a empresa é uma ré nominal no litígio e, por isso, não pode compartilhar muitos detalhes sobre o caso. A pessoa também confirmou que Artur Schaback é cofundador e atual membro do conselho da Paxful.
O anúncio da pausa nos negócios da Paxful ocorreu poucos dias após Youssef prometer compensar os clientes do Paxful Earn, um serviço que permitia aos usuários ganhar rendimentos com o Bitcoin por meio de uma parceria com a Celsius, uma empresa de empréstimo de criptomoedas que entrou com pedido de falência em julho passado.