Trump diz que lista de candidatos a chair do Fed inclui Hassett e Bessent
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar aprofundou suas perdas ante o real na manhã desta sexta-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana frente às demais divisas no exterior, após relatório de emprego dos Estados Unidos reforçar a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Às 9h48, o dólar à vista caía 0,76%, a R$5,4059 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,85%, a R$5,4350.
A moeda norte-americana já iniciou a sessão em baixa, com investidores à espera dos dados do relatório payroll. Com a divulgação dos números às 9h30, que vieram piores que o esperado, a queda das cotações se aprofundou.
A economia dos EUA criou 22 mil postos de trabalho em agosto, abaixo dos 75 mil postos da mediana de pesquisa da Reuters com economistas. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 4,3%, em linha com o projetado.
Após a divulgação dos números, os rendimentos dos Treasuries apresentavam fortes baixas, em meio à leitura de que o caminho para o Fed cortar juros este mês está aberto. Às 9h55, o rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha queda de 10 pontos-base, a 3,489%.
A perspectiva de corte de juros nos EUA fazia o dólar aprofundar perdas não apenas ante o real, mas também em relação às demais divisas no exterior. O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,60%, a 97,640.
Internamente, parte das atenções do mercado estará voltada para entrevista coletiva do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, convocada nesta manhã para as 11h.
Galípolo estará acompanhado dos diretores de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Izabela Correa; e de Regulação, Gilneu Vivan. O tema da coletiva são as medidas de reforço da segurança do Sistema Financeiro Nacional aprovadas em reunião da diretoria do BC. Uma das medidas será a criação de um teto para transferência de recursos por Pix e TED.