A Saudi Aramco (SE:2222), uma gigante petroleira do Oriente Médio, atualmente a terceira maior empresa do mundo, avaliada em US$1,8 trilhão, pode ser o próximo conglomerado multinacional a se integrar ao Bitcoin, isto através da mineração.
As informações vêm de Ray Nasser, conhecido empresário brasileiro do ramo da mineração de Bitcoin, durante uma conversa no canal dos Bitconheiros no YouTube. Segundo o empresário, a gigante petroleira está interessada na mineração da criptomoeda.
“A gente está negociando com a Aramco. Todo líquido preto [petróleo] que sai do deserto é dessa empresa. Todo o flared gás que eles não estão usando, e isso é informação pública, eu posso falar, é o suficiente para ‘power up’ metade da rede Bitcoin hoje, só dessa empresa.”
A mineração de Bitcoin, o processo na qual novos blocos contendo transações são gerados, tem sido alvo de uma série de preocupações de investidores institucionais devido a seu suposto alto impacto ambiental e consumo de energia.
Contudo, este possível empreendimento da empresa, que utilizaria o gás excedente da produção de petróleo, que simplesmente seria queimado na atmosfera, poderia ser utilizado para a mineração, fornecendo segurança extra para o Bitcoin enquanto gera créditos de carbono para a empresa.
Além disso, este recurso energético não poderia ser utilizado para outra finalidade, visto o alto custo para se canalizar e destinar essa energia para outras atividades. A mineração de Bitcoin só é viável devido a proximidade da extração do gás com a mineradora, que pode facilmente ser instalada no local.
“A Aramco precisa queimar esse flared gás. Ela precisa sumir com esse gás que é um subproduto da mineração de petróleo deles, eles precisam. E se você achar um jeito de ganhar dinheiro enquanto faz isso? ”
Este tipo de operação já possui precedentes. A monopolista russa Gazprom iniciou planos no ano passado para destinar à mineração de BTC o subproduto da extração de petróleo e gás, reforçando a narrativa que que a rede Bitcoin incentiva a utilização de energias renováveis.
A Saudi Aramco é atualmente a maior produtora de petróleo do mundo, sendo responsável por 10% da produção mundial em 2018, segundo dados do site O Petróleo.