Dólar cai no exterior com expectativa de corte de juros nos EUA
Investing.com - As ações da Anheuser Busch Inbev SA NV (EBR:ABI) caíram 9,3% depois que a gigante cervejeira reportou uma queda significativa de volume em seus resultados trimestrais, principalmente devido à fraqueza no Brasil, onde os volumes diminuíram 6,5%.
O volume orgânico da empresa caiu 1,9% contra expectativas de consenso de uma queda de 0,3%, com o volume de cerveja no Brasil diminuindo 9,0%, refletindo perda de participação de mercado em um setor enfraquecido.
A China também contribuiu para o desempenho decepcionante com volumes caindo 7,4% devido a perdas de participação de mercado.
A América do Norte foi um ponto positivo, com volumes crescendo 0,3%, superando as expectativas, já que a região ganhou participação de mercado apesar de resultados mistos no varejo. As vendas para varejistas nos EUA caíram 2,1%, enquanto as vendas para atacadistas cresceram 0,2%, sugerindo algum carregamento de estoque durante o trimestre.
Apesar dos desafios de volume, a AB InBev manteve a lucratividade em linha com as expectativas através de estratégias de preços e medidas de controle de custos. A empresa também aumentou as despesas de marketing e vendas em 50 pontos base.
A AB InBev reportou que o lucro por ação subjacente do segundo trimestre aumentou 8,7% para US$ 0,98, acima dos US$ 0,90 do ano anterior, à medida que preços mais altos e margens em expansão compensaram uma queda de 1,9% nos volumes globais.
O EBITDA normalizado da cervejeira aumentou 6,5% para US$ 5,3 bilhões, com margens melhorando em 116 pontos base para 35,3%.
A receita orgânica aumentou 3%, apoiada por um aumento de 4,9% na receita por hectolitro. A receita reportada diminuiu 2,1% para US$ 15 bilhões devido à conversão cambial desfavorável.
Em moeda constante, o LPA subjacente aumentou 17,4%. O lucro subjacente subiu para US$ 1,95 bilhão de US$ 1,81 bilhão, e o lucro atribuível aos detentores de ações cresceu para US$ 1,68 bilhão de US$ 1,47 bilhão. Os volumes globais de cerveja caíram 2,2%, enquanto os volumes de não-cerveja aumentaram 0,3%.
Nos EUA, a receita aumentou 2,1%, enquanto os volumes caíram 2,1%. As vendas para atacadistas aumentaram 0,2%, e o EBITDA cresceu 4,2%. No México, a receita e o volume aumentaram em dígitos médios, impulsionados por marcas premium e produtos sem álcool.
Na China, a receita caiu 6,2% e os volumes caíram 7,4%, com o EBITDA diminuindo 3,4%.
A Europa registrou crescimento de receita em baixos dígitos e volumes estáveis, apoiados pela premiumização e um aumento de 31% no volume de cerveja sem álcool, liderado pela Corona Cero.
"Uma perda significativa de volume (declínio de volume orgânico de -1,9% versus consenso compilado pela empresa de -0,3%) foi principalmente função de uma queda de 6,5% no volume no Brasil. Embora a América do Norte tenha se saído muito melhor do que o esperado (+0,3%), isso não foi suficiente para compensar as quedas de volume em todas as outras regiões", segundo analistas do RBC.
O RBC acrescentou que o desempenho operacional da AB InBev tem potencial para melhorar significativamente, dadas suas posições dominantes de mercado.
O fluxo de caixa livre atingiu US$ 1,4 bilhão no primeiro semestre, acima dos US$ 0,9 bilhão. O EBITDA normalizado para o semestre aumentou 7,2% para US$ 10,2 bilhões, com margens subindo 166 pontos base. O LPA subjacente aumentou para US$ 1,79 de US$ 1,66.
A dívida líquida subiu para US$ 68,1 bilhões de US$ 60,6 bilhões no final de 2024. A relação dívida líquida/EBITDA foi de 3,27x, comparada com 3,42x um ano antes.
A empresa manteve sua perspectiva para o ano inteiro, orientando para um crescimento do EBITDA entre 4% e 8% em 2025, despesas de capital de US$ 3,5 bilhões a US$ 4 bilhões, e uma taxa de imposto normalizada de 26% a 28%.
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