Argentina deve bater recorde de superávit comercial com exportações de grãos e energia

Publicado 17.01.2025, 08:55
Atualizado 17.01.2025, 09:00
© Reuters. Presidente da Argentina, Javier Milein14/12/2024. REUTERS/Ciro De Luca/File Photo

Por Hernan Nessi

BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina provavelmente registrou o maior superávit comercial de sua história em 2024, segundo uma pesquisa da Reuters com analistas divulgada nesta sexta-feira, devido à tentativa do presidente Javier Milei de aumentar as exportações de grãos e energia em seu primeiro ano completo no cargo.

Milei, que é presidente desde dezembro de 2023, prometeu tornar a Argentina um exportador líquido de energia usando as vastas reservas de xisto na região de Vaca Muerta, na Patagônia. As exportações de grãos, auxiliadas por uma certa flexibilização dos controles cambiais e por um clima melhor, também aumentaram.

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja processados, o terceiro maior exportador de milho e um importante produtor de trigo e carne bovina. Possui grandes reservas de lítio, necessário para baterias elétricas, além de gás de xisto e petróleo.

Analistas consultados pela Reuters preveem um superávit comercial no fim do ano entre 18 bilhões e 19 bilhões de dólares, superando o recorde anterior de 16,89 bilhões de dólares estabelecido em 2009.

Os dados mensais de dezembro, a serem publicados pela agência nacional de estatísticas na segunda-feira, foram estimados em um superávit de 921 milhões de dólares, de acordo com a mediana da pesquisa da Reuters.

De janeiro a novembro, a Argentina registrou um superávit comercial de 17,20 bilhões de dólares, segundo dados oficiais, revertendo o déficit comercial de 7,94 bilhões nos primeiros 11 meses de 2023.

A iniciativa de Milei de transformar a economia argentina por meio de um esforço de austeridade também reduziu a inflação para fechar o ano em 117,8%, após um pico de quase 300% em abril.

Analistas dizem que é provável que o superávit comercial da Argentina diminua.

"Daqui para frente, provavelmente veremos um cenário em que as importações crescerão consideravelmente", disse Federico Gonzalez, economista da Empiria Consultores.

As importações já começaram a aumentar conforme o peso argentino se fortaleceu em relação a outras moedas regionais, como o real, e à medida que o governo Milei reduziu alguns impostos sobre determinados produtos.

(Reportagem de Hernan Nessi)

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