Aumento das importações deve ter reduzido crescimento econômico dos EUA no 4º trimestre

Publicado 30.01.2025, 07:37
Atualizado 30.01.2025, 07:40
© Reuters. Porto em Portsmouth, EUAn02/10/2024. REUTERS/Jose Luis Gonzalez/File Photo

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O crescimento econômico dos Estados Unidos provavelmente desacelerou no quarto trimestre, uma vez que as importações aumentaram e uma greve na Boeing (NYSE:BA) prejudicou os gastos com aeronaves, embora a forte demanda doméstica deva manter o Federal Reserve em uma trajetória de corte da taxa de juros este ano.

O relatório sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Departamento de Comércio será divulgado nesta quinta-feira e também deve mostrar que os gastos do consumidor mantiveram um ritmo robusto de crescimento no último trimestre. Os gastos dos consumidores estão sendo sustentados por um mercado de trabalho resiliente, que está produzindo sólidos ganhos salariais.

Embora o ritmo de crescimento do quarto trimestre marque uma desaceleração em relação ao que foi registrado entre julho e setembro, a economia no ano passado desafiou as previsões de uma recessão que haviam sido alimentadas pelo banco central dos EUA, que aumentou os juros em 5,25 pontos percentuais em 2022 e 2023 para conter a inflação.

Na quarta-feira, o Fed manteve sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%, depois de reduzi-la em 100 pontos-base desde setembro. O banco central removeu uma referência ao fato de a inflação ter "progredido" em direção à meta de inflação de 2% do Fed.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que a economia "está forte em geral". A insatisfação com a economia levou o presidente Donald Trump à vitória na eleição de 5 de novembro.

"A economia tem se saído muito bem", disse Brian Bethune, professor de economia do Boston College. "Todos se beneficiaram, até certo ponto, mas ainda há algumas questões subjacentes em termos de distribuição de emprego, ganhos e riqueza."

O PIB provavelmente aumentou a uma taxa anualizada de 2,6% no último trimestre, de 3,1% nos três meses entre julho a setembro, segundo uma pesquisa da Reuters com economistas. As estimativas variaram de 1,7% a 3,2%.

A pesquisa foi concluída antes de dados mostrarem na quarta-feira que o déficit do comércio de mercadorias atingiu um recorde em dezembro, o que levou o Fed de Atlanta a reduzir sua previsão do PIB para uma taxa de 2,3%, de 3,2% antes.

O crescimento para o ano inteiro está estimado em 2,8%. A economia cresceu 2,9% em 2023. Ela está se expandindo bem acima da taxa de 1,8% que as autoridades do Fed consideram como o ritmo de crescimento não inflacionário.

O Fed previu apenas dois cortes na taxa de juros este ano, abaixo dos quatro que havia projetado em setembro, quando iniciou seu ciclo de afrouxamento monetário

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