Por Laura Sánchez
Investing.com - O Banco Central Europeu (BCE) deve cortar o estímulo monetário, pois a inflação é muito forte e ampla. Estas foram as palavras contundentes de François Villeroy, membro do BCE, em um discurso em um evento econômico em Paris.
O diretor do Banco da França afirmou que a inflação subjacente, que elimina o impacto do aumento dos preços dos alimentos e da energia, está acima da meta de 2% do BCE após alcançar 3,8 % em maio.
Villeroy adverte que a reunião do banco central da próxima semana será "decisiva" no estabelecimento de uma resposta.
"A inflação não é apenas muito alta, mas também muito ampla", disse Villeroy. "Isso exige uma normalização da política monetária, digo normalização e não aperto", diz o banqueiro, em declarações coletadas pela Bloomberg .
Essas condecorações ocorrem quando a presidente do BCE, Christine Lagarde, anuncia o fim iminente das compras de títulos, seguido de aumentos de 0,25 ponto percentual em julho e setembro.
Villeroy ecoou seus comentários, dizendo que o processo deve ser "gradual, mas determinado".
“A política fiscal será ainda mais restringida pelo alto nível de dívida pública pós-pandemia e aumento das taxas de juros”, disse Villeroy. "Além disso, nos próximos dois anos, o contexto será de menor crescimento, ou mesmo, segundo alguns temores, de estagnação econômica", diz o banqueiro francês.