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BC corta Selic a 6,5% ao ano, nova mínima histórica, e surpreende ao indicar nova redução em maio

Publicado 21.03.2018, 20:21
Atualizado 21.03.2018, 20:21
© Reuters. Sede do Banco Central em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, levando-a à nova mínima histórica de 6,5 por cento ao ano, e indicou que fará mais uma redução da Selic em maio antes de encerrar o ciclo de afrouxamento monetário.

"Para a próxima reunião, o Comitê vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional. O Comitê julga que este estímulo adicional mitiga o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas", afirmou o Comitê de Política Monetária do BC em comunicado.

"Para reuniões além da próxima, salvo mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos, tendo em vista o horizonte relevante naquele momento", acrescentou.

O BC também reduziu sua projeção de inflação pelo cenário de mercado a 3,8 por cento em 2018, ante 4,2 por cento na reunião de fevereiro. Para 2019, o cálculo foi a 4,1 por cento, contra 4,2 por cento antes.

"O Comitê julga que o cenário básico para a inflação evoluiu de forma mais benigna que o esperado nesse início de ano. O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária", destacou o BC.

Em pesquisa Reuters, 36 de 41 economistas projetavam a redução de 0,25 ponto percentual na Selic agora, enquanto cinco esperavam manutenção.

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Com o comunicado, o BC apontou que repetirá a dose com outro corte de 0,25 ponto percentual nos juros em maio, afirmou o economista-chefe da Mirae Asset, André Pimentel, avaliando que o BC optou pela clareza para que o mercado não entre "em um oba-oba, apostando em diversas outras quedas".

"Pouca gente tinha em mente que o BC ia manter as portas abertas para um corte e ele deixou as portas escancaradas. Na verdade, ele já deu de antemão um resultado para a próxima reunião, ao mesmo tempo em que ele fecha para a reunião seguinte", disse.

CICLO ESTENDIDO

Até agora, já foram 12 reduções consecutivas na taxa básica de juros, somando 7,75 pontos percentuais. O prosseguimento do ciclo de cortes que começou em outubro de 2016 se dá em meio ao quadro de inflação persistentemente baixa.

No mês passado, o BC chegou a sinalizar claramente o fim dos cortes na Selic, mas indicou que poderia seguir em frente caso visse sinais de fraqueza na inflação, cenário que acabou se concretizando. Com o comunicado desta quarta-feira, o BC indicou que o ciclo se estende por ao menos mais uma reunião.

Em fevereiro, o IPCA atingiu o menor nível para o mês em 18 anos, somando em 12 meses alta de apenas 2,84 por cento, abaixo da meta oficial --de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O próprio presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou no início deste mês que a inflação surpreendeu também a autoridade monetária, vindo abaixo do esperado. Foi a senha para que o mercado e analistas mudassem seus cenário sobre a Selic, precificando mais um corte agora, ao invés de manutenção.

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Ainda que a expectativa seja de retomada um pouco mais forte da economia neste ano, o ambiente de juros baixos ainda não conseguiu acelerar firmemente a atividade em meio à alta ociosidade das empresas e elevado nível de desemprego.

Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) recuou a 2,83 por cento em 2018. Ao mesmo tempo, a perspectiva para a inflação neste ano também caiu a 3,63 por cento.

No comunicado desta quarta-feira, o BC ponderou que a visão para a próxima reunião do Copom, que acontece em 16 de maio, pode mudar e levar ao fim da flexibilização monetária caso não veja mais risco de ser adiada a convergência da inflação.

"Para que ele não reduza em maio teria acontecer algo muito negativo, um pulo do câmbio ou leitura de inflação muito adversa. Essa é a condição para que não ocorra o corte", opinou o economista-chefe do Santander (SA:SANB11), Mauricio Molan.

NOVO BALANÇO DE RISCOS

Em seu cenário básico para a inflação, o BC eliminou a menção a "possíveis efeitos secundários do choque favorável nos preços de alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos".

Com isso, o risco de o IPCA vir abaixo do esperado passou a derivar, na visão do BC, apenas da possibilidade de propagação por mecanismos inerciais do nível baixo de inflação.

Como fatores que podem provocar eventual pressão inflacionária, por outro lado, o BC voltou a apontar os efeitos de frustração com as reformas econômicas e a reversão do cenário externo favorável para economias emergentes.

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(Por Marcela Ayres, com reportagem adicional de Bruno Federowski)

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