⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

BC mantém Selic em 6,5% e indica não mexer tão cedo nos juros com impacto da greve sobre a economia

Publicado 01.08.2018, 18:57
© Reuters. .

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 6,50 por cento ao ano, ressaltando que a retomada da atividade econômica será ainda mais gradual do que a esperada antes da greve dos caminhoneiros, num cenário de menor pressão inflacionária que pavimenta o caminho para os juros continuarem em seu menor nível histórico à frente.

Sobre a paralisação, ocorrida no final de maio, o BC assinalou que os efeitos que elevaram a inflação de junho "devem ser temporários".

E que "as medidas de inflação subjacente ainda seguem em níveis baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária", segundo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Todos os 40 economistas consultados pela Reuters esperavam manutenção dos juros básicos. Esta foi a terceira decisão igual do Copom, após ter cortado a Selic em 7,75 pontos percentuais desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro de 2016.

"Nossa leitura é que continua com 6,5 por cento até o fim do ano e acho que ainda vira o ano. Não porque vai ter reformas, mas porque economia está de quatro", avaliou o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima.

O BC voltou a dizer que seus próximos passos vão continuar dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.

Nesse sentido, afirmou que apesar de o Copom considerar que os efeitos dos choques recentes sobre a inflação estão se revelando temporários, "é importante acompanhar ao longo do tempo o cenário básico e seus riscos e avaliar o possível impacto mais perene de choques sobre a inflação".

Nos 12 meses até julho, o IPCA-15, prévia da inflação oficial, acumulou alta de 4,53 por cento, voltando a ficar acima do centro da meta, de 4,5 por cento pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, pela primeira vez desde março de 2017.

Mas mesmo após o choque temporário derivado da greve dos caminhoneiros e de tarifas de energia elétrica mais salgadas devido à bandeira vermelha 2 que vem impactando as contas de energia desde junho, o BC seguiu calculando alta do IPCA em 4,2 por cento em 2018 pelo cenário de mercado.

Para 2019, a conta subiu ligeiramente a 3,8 por cento, contra 3,7 por cento antes.

Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a estimativa para a inflação é de alta de 4,11 por cento este ano e 4,10 por cento em 2019, para o qual a meta é de 4,25 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Diante do quadro, a maioria dos economistas em pesquisa da Reuters espera que o BC só irá subir os juros só em 2019.

A manutenção da Selic também teve como pano de fundo a queda de 3,16 por cento do dólar frente ao real em julho, movimento que barateia as importações e diminui a pressão sobre a inflação.

© Reuters. .

Nos meses anteriores, o dólar vinha se valorizando de maneira expressiva, embalado por movimento global de aversão a risco por conta das perspectivas de normalização monetária nos Estados Unidos e que foi mais intenso no Brasil pelas preocupações domésticas com o desfecho das eleições presidenciais.

No comunicado, o BC avaliou que o cenário externo apresentou "certa acomodação no período recente, mas segue desafiador".

"Os principais riscos estão associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e a incertezas referentes ao comércio global. O apetite ao risco em relação a economias emergentes manteve-se relativamente estável, em nível aquém do observado no início do ano", disse.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.