Investing.com – Economistas esperam crescimento da economia e inflação maior neste ano, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 04.
Confira abaixo as expectativas para IPCA, PIB, Selic e dólar:
Inflação
Os economistas consultados pelo BC aumentaram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 em 4,92%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.
As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, passaram foram para 3,88%, e as de 2025 ficaram em 3,50%.
Selic
Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros deste ano em 11,75%. As projeções para 2024 ficaram estáveis em 9% e as para 2025 em 8,5%.
PIB
Os economistas elevaram as expectativas do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 de 2,31 para 2,56%.
Para 2024, as projeções do PIB caíram para 1,32%, enquanto para 2025 foram mantidas em 1,90%.
Dólar
Em relação ao dólar, as apostas para 2023 foram mantidas em R$4,98. Para 2024, a projeção foi mantida em R$5 e, para 2025, subiu de R$5,09 para R$5,10.
Para o economista André Perfeito, o fim da melhora da inflação pode reverter, aos poucos, o cenário de expectativa de queda da Selic.
"Por ora a mediana das projeções para SELIC ao fim de 2024 ainda está em 9%.Contudo a falta de boas notícias adicionais na margem para a inflação cheia - por mais que algumas medidas de núcleo e de serviços estejam melhores - deve aos poucos trazer o mercado para uma leitura de um ciclo menor de cortes. Não quero dizer com isso que haja um problema inflacionário no horizonte, mas apenas apontar que o mercado está mais otimista que o razoável dentro dos seus próprios parâmetros de análise. Está evidente, por exemplo, que o resultado fiscal do ano que vem será menor que o desejado por parte dos economistas", explica.
Já sobre o PIB, ele acredita que o mercado já começou a "refazer as contas". "Ainda há espaço para melhorar mais as projeções para este ano. Minha estimativa é de 3% para este ano e de 2% para o ano que vem.", finaliza.
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