A Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) divulgou nesta 5ª feira (16.jan.2025) que as exportações brasileiras para os Estados Unidos alcançaram US$ 40,3 bilhões em 2024, o maior valor já registrado. O volume exportado também bateu recorde, com 40,7 milhões de toneladas, aumento de 9,9% em relação a 2023. Eis a íntegra (PDF – 350 KB).
O desempenho das vendas aos EUA contrastou com o resultado global das exportações brasileiras. Enquanto as vendas para os americanos cresceram 9,2%, as exportações totais do Brasil recuaram 0,8%. O crescimento também superou o desempenho de outros parceiros importantes: União Europeia (+4,2%), China (-9,5%) e Mercosul (-14,1%).
A indústria de transformação liderou as exportações, com US$ 31,6 bilhões (+5,8%), representando 78,3% do total vendido. Os EUA mantêm-se como principal destino dos produtos industriais brasileiros pelo nono ano consecutivo, à frente da União Europeia (US$ 22,4 bilhões) e do Mercosul (US$ 18,8 bilhões).
Entre os produtos mais exportados, destacaram-se:
- Petróleo bruto: crescimento de 23,1%
- Aeronaves: aumento de 36,2%
- Café não torrado: expansão de 67,6%
- Carne bovina: alta de 103,5%
Do lado das importações, o Brasil comprou US$ 40,6 bilhões em produtos americanos, crescimento de 6,9% em relação a 2023. O gás natural foi o destaque, com aumento de 618,3%, respondendo por 55% do crescimento total das importações. A demanda pelo combustível aumentou devido à estiagem que afetou os reservatórios das hidrelétricas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte.
A corrente de comércio bilateral (soma de exportações e importações) atingiu US$ 80,9 bilhões, aumento de 8,2% em relação a 2023, estabelecendo o segundo maior valor da série histórica.
São Paulo liderou as exportações aos EUA em 2024, respondendo por 33,6% do total (US$ 13,5 bilhões), seguido pelo Rio de Janeiro (17,9%) e Minas Gerais (11,4%). O modal marítimo foi o principal meio de transporte, respondendo por 85,6% das exportações brasileiras aos EUA.