China abriu 5 novos mercado para produtos agropecuários do Brasil, diz ministro

Publicado 13.05.2025, 08:20
Atualizado 13.05.2025, 11:41
© Reuters.  China abriu 5 novos mercado para produtos agropecuários do Brasil, diz ministro

O Brasil poderá exportar mais cinco produtos agropecuários para a China, confirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em publicação nas redes sociais. O país autorizou a importação de grãos secos de destilaria (DDGs, subproduto do etanol de milho), farelo de amendoim, miúdos de aves, carne de pato e de peru do Brasil.

As aberturas de mercado, antecipadas pelo Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), foram confirmadas após assinatura de protocolos bilaterais entre os países em decorrência da visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao país asiático.

Os países também acordaram um memorando de entendimento de medidas sanitárias e fitossanitárias. "São três acordos firmados entre o Ministério da Agricultura e a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC). Isso representa a abertura de cinco novos mercados para a agropecuária brasileira, além da cooperação bilateral nas medidas sanitárias e fitossanitárias que aumentam a segurança dos alimentos comercializados entre os países", escreveu Fávaro em suas redes sociais. "Chegamos a 362 mercados abertos para o agronegócio brasileiro", acrescentou o ministro.

Como mostrou o Broadcast Agro na última semana, o setor produtivo esperava que a missão destravasse aberturas de mercado e ampliasse o acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês. Havia expectativa de autorização da China para importação de DDGs, com o assunto sendo considerado em estágio de "negociação técnica avançada" com a conclusão agora confirmada. Também havia expectativa para o anúncio das aberturas para entrada de miúdos de aves (em especial coração e fígado), carne de pato e peru.

Outros temas prioritários relacionados ao agronegócio do Brasil na visita eram a sincronia na aprovação de transgênicos (biotecnologia) por meio de um memorando de entendimento e revisão do protocolo de exportação de carnes, assinado em 2015, que prevê, em casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB, doença popularmente conhecida como "mal da vaca louca"), suspensão imediata e total das vendas externas.

O governo brasileiro pleiteia a chamada regionalização dos embargos, ou seja, em casos do mal da vaca louca a suspensão das exportações de carnes da região seria restrita ao raio do local em que o caso foi constatado até a confirmação se um caso atípico ou não, enquanto a China estuda a flexibilização conforme a idade do animal.

De acordo com fontes que acompanham as tratativas, houve "melhora no entendimento" quanto à sincronia para biotecnologia, enquanto a revisão do protocolo de exportação de carnes demanda ainda maior negociação técnica.

A pauta bilateral entre Brasil e China inclui mais de 50 itens em negociação no âmbito do setor agropecuário. A China é hoje o principal destino das exportações de produtos agropecuários do Brasil, perfazendo cerca de um terço dos embarques anuais do agronegócio brasileiro.

As vendas de produtos agropecuários ao mercado chinês somaram US$ 49,7 bilhões em 2024, sobretudo do complexo soja, carnes, produtos florestais e algodão.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.