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China: Exportações devem dar menos suporte à economia após surpresa no 1º semestre

Publicado 07.08.2024, 13:32
© Reuters.
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Investing.com - As exportações chinesas desaceleraram em julho, e podem levar a um enfraquecimento da atividade econômica em meio à crise do setor imobiliário no país. Essa é a avaliação dos economistas dos bancos Julius Baer e ING após divulgação dos dados de comércio exterior da China na madrugada desta quarta-feira (7). Os números menores nas exportações são reflexos de um ambiente internacional mais hostil para o comércio exterior chinês, com elevação de tarifas e barreiras comerciais contra alguns de seus produtos nos Estados Unidos, nos países da União Europeia e em emergentes.

"A demanda de exportação tem sido mais forte do que a maioria esperava durante o primeiro semestre do ano, mas analistas monitoravam os dados de pesquisas recentes e a aplicação de tarifas como fatores que poderia levar a alguma moderação das exportações e na produção industrial na China na segunda metade do ano", diz o ING. "O último PMI Caixin, que abrange empresas menores e orientadas para a exportação, sugere que o ímpeto no setor de exportação pode desacelerar ainda mais nos próximos meses, à medida que a demanda externa diminui", complementa os economistas do Julius Baer.

Os dados de comércio exterior divulgados hoje comprovam isso. As vendas dos produtos chineses para outros países subiram no mês passado abaixo do consenso de mercado, com um crescimento anual de 7% e menor que a alta de 8,6% em junho. As estimativas eram de alta anual de 9,7%.

"As exportações vinham acelerando desde o final do ano passado, ajudando a compensar parcialmente a desaceleração em curso no setor imobiliário e o cenário de demanda doméstica fraca associado", avalia o Julius Baer.

Já as importações surpreenderam com um avanço anual de 7,2%, acima das projeções de 3,5% e contrabalançando o recuo de 2,3% embora "sob uma base fraca de comparação", como aponta o Julius Baer . A balança comercial chinesa reduziu, com isso, o superávit comercial no mês de US$ 99,05 bilhões para US$ 84,65 bilhões, abaixo da estimativa de US$ 97,5 bilhões, mas "mantidos em níveis historicamente elevados", avalia o Julius Baer.

Pauta de exportação da China em julho

O ING apresenta um balanço em relação à pauta de exportação chinesa no mês passado. "Houve alguma divergência nas categorias de exportação em relação ao mês passado", apontam os economistas do banco.

Em relação aos veículos elétricos, houve uma desaceleração devido a um "aumento na concorrência com queda de preços no setor". Enquanto houve um recuo do crescimento anual de 18,9% em junho para 18,1% no mês passado, o volume acelerou o avanço anual de 25,3% para 25,5% no acumulado de 2024 .

Também houve crescimento nas exportações de produtos eletrônicos residenciais, neste caso acelerando a alta anual de 14,8% em junho para 15,1% em julho no acumulado do ano. Além disso, a exportação de semicondutores subiu 22,5% no acumulado do ano até julho, um indicador importante da busca chinesa de aumentar a capacidade produtiva no setor.

Na ponta oposta, houve reduções anuais nas exportações de aço (-8,4%), calçados (-5,4%) e telefones celulares (-3,7%) no acumulado até julho.

Alta de importações não é aumento de consumo

A alta das importações não indica que há um crescimento do consumo chinês. "Os detalhes indicam que a retomada das importações não reflete uma alta no consumo das famílias, mas é um reflexo da estratégia nacional de direcionar o crescimento através do investimento nos campos de alta tecnologia e inovação", apontam os economistas do ING.

A alta das importações anuais em julho foi liderada pelo setor de veículos elétricos, com avanço nas compras de cobre (+13%) e autopeças (+4,4%). "Se atuais tendências persistirem, pode haver uma desaceleração nestes setores", ressalta o ING. A busca por autossuficiência tecnológica e atualização industrial elevaram as importações de produtos de alta tecnologia (+11,9%), semicondutores (+11,5%) e equipamentos de processamento automático de dados (+56,7%).

Na contramão, os setores ligados ao setor imobiliário limitaram o crescimento de importações, assim como a compra de commodities agrícolas do exterior. Houve uma queda nas importações das seguintes commodities: aço (-10,7%), madeira serrada (-2,9%), carne (-21,2%), grãos (-15,6%) e soja (-18,4%). Também houve contração em veículos (-9,3%), aeronaves (-16,8%).

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