Confiança da indústria do Brasil sobe em maio com melhora nas expectativas, diz FGV

Publicado 28.05.2025, 08:28
Atualizado 28.05.2025, 08:30
© Reuters. Imagem de drone da Bianchini, empresa de biodiesel e óleo vegetaln26/03/2025. REUTERS/Diego Vara

SÃO PAULO (Reuters) - A confiança da indústria no Brasil voltou a subir em maio, uma vez que uma melhora no indicador de expectativas do setor para os próximos meses superou a piora na medida sobre a situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,9 ponto em maio na comparação com o mês anterior, indo a 98,9 pontos, de acordo com os dados da FGV. Esse foi o maior patamar registrado em 2025.

"Em um ano com bastante oscilação, a confiança da indústria registra sua maior alta no ano. Apesar disso, nota-se aumento no nível dos estoques pelo segundo mês consecutivo, acendendo um alerta para os empresários", disse Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.

"Em relação ao futuro, o resultado é positivo em todas as variáveis e acontece de forma espalhada entre os segmentos da pesquisa", completou.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, recuou 1,0 ponto no mês e foi a 99,1 pontos, segundo a FGV.

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, por outro lado, avançou 2,7 pontos em maio, a 98,7 pontos.

Entre os quesitos que integram o ISA, o maior destaque foi o aumento de 3,1 pontos no indicador que mede o nível de estoques, para 103,2 pontos, registrando o maior patamar de estocamento desde abril de 2024 (105,3 pontos).

De acordo com a FGV, quando o indicador de estoques está acima de 100 pontos sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos ou acima do desejável.

Já para o IE, a principal influência para o ganho veio do quesito de produção nos três meses seguintes, que subiu 4,2 pontos, para 101,0 pontos, maior nível desde junho de 2022 (101,6 pontos).

Em outros componentes, as medidas de ímpeto sobre as contratações e de tendência dos negócios tiveram ganhos de 1,7 e 1,9 ponto, respectivamente, atingindo 99,8 e 95,4 pontos.

"Apesar da perspectiva de melhora no curto prazo, os empresários têm um ambiente macroeconômico complexo. O conjunto de política monetária contracionista com a expectativa geral de desaceleração da economia pode refletir em um cenário difícil para a indústria no segundo semestre", afirmou Pacini.

O Banco Central subiu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual neste mês, para 14,75% ao ano. A autarquia indicou que o movimento da reunião de junho segue em aberto, mas tem sinalizado a manutenção dos juros em patamar alto por mais tempo do que o usual.

 

(Por Fernando Cardoso)

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