Déficit comercial dos EUA registra queda acentuada em abril; importações têm baixa recorde

Publicado 05.06.2025, 11:24
Atualizado 05.06.2025, 11:25
© Reuters. Contêineres em porto de Los Angeles, na Califórnian01/05/2025nREUTERS/Mike Blake

WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial dos Estados Unidos caiu de forma acentuada em abril, com as importações apresentando a maior redução já registrada, à medida que a antecipação de compras antes da entrada em vigor de tarifas diminuiu, o que pode impulsionar o crescimento econômico neste trimestre.

O déficit comercial recuou 55,5%, para US$61,6 bilhões, o nível mais baixo desde setembro de 2023, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.

Os dados de março foram revisados para mostrar que o déficit comercial aumentou para o recorde de US$138,3 bilhões, em vez dos US$140,5 bilhões informados anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previram uma redução do déficit para US$70,0 bilhões. O déficit comercial de bens diminuiu 46,2%, para US$87,4 bilhões, o menor nível desde outubro de 2023.

A busca para escapar de taxas de importação ajudou a ampliar o déficit comercial no primeiro trimestre, que foi responsável por grande parte da taxa anualizada de declínio de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre.

A contração do déficit, pelo valor nominal, sugere que o comércio pode aumentar significativamente o PIB neste trimestre, mas muito dependerá da situação dos estoques.

As importações diminuíram 16,3%, atingindo US$351,0 bilhões em abril. As importações de bens caíram 19,9%, para US$277,9 bilhões. Essas importações foram derrubadas por um declínio de US$33,0 bilhões nas importações de bens de consumo

A antecipação das importações provavelmente ainda não acabou. As tarifas mais altas para a maioria dos países foram adiadas até julho, enquanto as taxas para produtos chineses foram adiadas até meados de agosto.

O governo do presidente Donald Trump havia dado aos parceiros comerciais dos EUA até quarta-feira para que fizessem suas "melhores ofertas" para evitar que outras taxas de importação punitivas entrassem em vigor em julho.

As exportações aumentaram 3,0%, para US$289,4 bilhões, um recorde histórico. As exportações de bens cresceram 3,4%, atingindo um recorde de US$190,5 bilhões.

Elas foram impulsionadas por um salto de US$10,4 bilhões em suprimentos e materiais industriais, principalmente formas metálicas acabadas, ouro não monetário e petróleo bruto.

Os EUA tiveram superávits recordes no comércio de mercadorias com Hong Kong, Reino Unido e Suíça, mas teve déficits recordes com Vietnã, Taiwan e Tailândia, enquanto a diferença com o Canadá foi a menor desde abril de 2021.

(Por Lucia Mutikani)

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