Investing.com - A economia dos EUA criou 187 mil empregos não-agrícolas em agosto, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 01º de setembro, acima do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 170 mil vagas no período. O resultado é ainda maior do que os números prévios revisados de 157 mil novos empregos.
A taxa de desemprego ficou em 3,8% da força de trabalho, contra 3,5% esperados e do mês anterior.
Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA ficou em 62,8%, acima da projeção e dados prévios de 62,6%.
O salário médio por hora no mês passado variou 4,3% na base anual, diante de projeção e registro anterior de 4,4%.
Após a divulgação dos dados, às 9h35 (de Brasília), os contratos futuros da Nasdaq 100 Futuros registravam acréscimo de 0,62%, S&P 500 Futuros apresentavam alta de 0,65%, e Dow Jones Futuros subia 0,54%.
O dólar no Brasil apresentava queda de 0,97%, a R$4,9062. Já o Ibovespa Futuros ganhava 0,49%.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, acredita que os dados divulgados foram acomodatícios e devem ajudar o Fed e não precisar voltar a subir a taxa de juros.
“Notadamente os rendimentos médios por hora surpreenderam negativamente ao recuar de 0,4% para 0,2%, ante expectativa de 0,3%, com contribuição do avanço no volume de médio de horas trabalhadas, de 34,3 horas para 34,4 horas”, detalha.
Voltou a dinâmica de que notícias negativas são bem recebidas, aponta Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. “A reação inicial parece bem positiva. A dinâmica do primeiro semestre deste ano era de que notícias positivas eram mal recebidas, pois ganhavam conotação de um Banco Central mais contracionista, mais conservador”, afirma.