O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, nesta segunda-feira, 13, que há um debate sobre a fortaleza do crédito e que há uma visão de maior rigor nas concessões. Ele fez as afirmações durante live promovida pela Bradesco (BVMF:BBDC4) Asset sobre os potenciais impactos da política monetária na conjuntura macroeconômica de 2025. A conversa é conduzida pelo economista-chefe da instituição financeira, Marcelo Toledo.
"Acho que teve duas mensagens relevantes sobre crédito na comunicação recente. Uma é a discussão do crédito mais forte mesmo, como mitigador do impacto da pressão monetária sobre a atividade", afirmou o diretor do BC. "E o debate do por que o crédito está forte, mesmo tendo visto uma elevação dos juros futuros desde maio", continuou.
Guillen salientou que o mercado de crédito está mais forte ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho está dinâmico. "Um mercado de trabalho dinâmico sugere que a inadimplência não se elevaria. Então, acho que tem esse primeiro debate sobre a fortaleza do crédito."
O outro debate, segundo ele, é sobre um tema que surgiu durante o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) e que se repetiu no Comitê de Política Monetária (Copom): o da necessidade de rigor na concessão de crédito quando se está com juros, renda, endividamento e serviço da dívida elevados. "A gente discutiu o cuidado na construção de crédito."