TÓQUIO (Reuters) - A economia do Japão cresceu mais rápido entre abril e junho do que o inicialmente estimado, de acordo com dados do Escritório do Gabinete divulgados nesta quinta-feira, com revisões para cima dos gastos de capital e estoques, mas a falta de um motor de crescimento forte é visto como prejudicial para o resto deste ano.
O Escritório do Gabinete informou que a economia cresceu a uma taxa anualizada de 0,7 por cento no trimestre entre abril e junho, revisada para cima ante leitura preliminar de expansão de 0,2 por cento, com o iene forte e a demanda fraca afetando as exportações e os gastos de capital.
Na comparação trimestral houve um crescimento de 0,2 por cento em termos reais, ante leitura inicial de 0 por cento. As despesas de capital caíram 0,1 por cento, ante queda anteriormente estimada em 0,4 por cento. Os estoques cresceram 0,1 por cento.
A economia do Japão, a terceira maior do mundo, tem perdido impulso no trimestre atual e deve continuar perdendo força, na sequência de uma série recente de dados fracos de exportações, produção industrial e gastos das famílias.
A menos que as economias no exterior melhorem e os ganhos do iene diminuam, a economia corre o risco de fraquejar neste ano, antes que o governo do primeiro-ministro, Shinzo Abe, implemente completamente o pacote de estímulo que apresentou no mês passado, segundo analistas.
As perspectivas econômicas fracas vão manter sob pressão o banco central japonês para afrouxar mais a política monetária, conforme ele faz uma avaliação abrangente dos efeitos do seu programa de estímulo em sua reunião de 20 e 21 de setembro.
"A economia deve continuar estagnada entre julho e setembro e entre outubro e dezembro na ausência de um motor do crescimento", disse Takeshi Minami, economista do Instituto de Pesquisa Norinchukin.
Os dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) foram melhores do que a expectativa de leitura zero na pesquisa da Reuters junto a economistas.
Na comparação trimestral houve um crescimento de 0,2 por cento em termos reais, contra leitura inicial de 0 por cento.
(Reportagem de Tetsushi Kajimoto)