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Fed: BofA acredita que juros voltarão a subir nos EUA em novembro; entenda

Publicado 29.08.2023, 08:49
© Reuters
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Investing.com – O tom mais duro do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole e da ata da última reunião de política monetária do banco central americano lançou dúvidas quanto ao fim do ciclo de alta de juros nos EUA.

O Fed já tinha deixado claro na reunião de julho que não pretendia elevar as taxas em setembro. Isso tranquilizou os mercados, que até chegaram a cogitar um corte até o final do ano.

No entanto, a ata do Fomc, órgão do Fed responsável pela política monetária dos EUA, revelou que a inflação segue sendo uma preocupação importante para a maioria dos membros do comitê, o que fez com que Powell alertasse, na semana passada, que o BC americano está disposto a elevar mais a taxa básica, se preciso, ainda mais em vista dos fortes dados econômicos das últimas semanas, levando o mercado a acreditar que o Fed pode voltar a subir os juros, depois da pausa planejada para setembro.

De fato, a ferramenta “Monitor da Taxa de Juros do Fed”, do Investing.com, ainda indica uma probabilidade alta (86%) de o BC dos EUA não agir em setembro, mas também mostra quase 45% de chance de aumento dos juros em novembro.

O Bank of America (NYSE:BAC) defendeu essa visão em uma nota recente, ressaltando que “o discurso do presidente do Fed, Powell, em Jackson Hole, trouxe uma abordagem equilibrada, com elementos ‘hawkish’ [rígidos] e ‘dovish’ [flexíveis]”, mas que “os mercados entenderam os comentários como levemente hawkish”.

Nesse cenário, o BofA continua prevendo “um novo aumento de 25 pontos-base em novembro”. Além disso, projeta que o Fed seguirá com “reduções de 75 pontos-base no próximo ano, a partir de junho e em ritmo trimestral”.

Já o Goldman Sachs (NYSE:GS) seguiu na direção contrária, ao discordar dessa visão e afirmar que o aumento das taxas ocorrido em julho era o último.

“Ainda acreditamos que o Fomc acabará decidindo que um novo aperto na política não é necessário, tornando o aumento da reunião de julho o último deste ciclo”, afirmou o banco.

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