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Fed deixa taxa de juros inalterada, reconhece que economia dos EUA está "forte"

Publicado 01.11.2023, 15:15
Atualizado 01.11.2023, 17:06
© Reuters. Chair do Fed, Jerome Powell
19/10/2023
REUTERS/Brendan McDermid

Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve manteve a taxa básica de juro estável ​​nesta quarta-feira, mas deixou a porta aberta para outro aumento nos custos dos empréstimos no futuro em um comunicado de política monetária que reconheceu a surpreendente força da economia dos Estados Unidos, mas também destacou condições financeiras mais restritivas enfrentadas pelas empresas e pelas famílias.

"A atividade econômica expandiu-se a um ritmo forte no terceiro trimestre", disse o banco central dos EUA em um comunicado após a reunião de política monetária de dois dias em que autoridades foram unânimes em concordar em deixar a taxa básica de juros no intervalo de 5,25% a 5,50%, onde se encontra desde julho.

A linguagem utilizada marcou uma atualização ante o "ritmo sólido" de atividade que o Fed observou em sua reunião de setembro, e seguiu-se a dados recentes que mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 4,9% no terceiro trimestre.

As ações dos EUA eram negociadas em alta após a divulgação da declaração de política monetária, enquanto o dólar reduzia seus ganhos em relação a uma cesta de moedas. Os rendimentos dos Treasuries caíam. Operadores de juros de curto prazo dos EUA aumentaram as apostas de que o Fed já terminou de elevar os juros e começará a cortar as taxas em junho do próximo ano.

Embora os mercados pensem que o Fed pode ter terminado de aumentar a sua taxa básica, com as condições financeiras tornando-se mais restritivas por si só por meio de juros de mercado mais elevados, os dados que apontam para uma economia e um mercado de trabalho mais fortes do que o esperado mantiveram a perspectiva de outro aumento na mesa.

O mais recente comunicado do Fed observou que, com os ganhos de emprego ainda "fortes" e a inflação ainda "elevada", o banco central continua avaliando "a extensão do aperto adicional da política monetário que pode ser apropriado para devolver a inflação a 2% ao longo do tempo".

POWELL EM FOCO

Questionado sobre o grau em que a alta dos rendimentos dos Treasuries estava suplantando a necessidade de aumentos adicionais da taxa de juros, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que esses custos de empréstimos no mercado aberto precisariam ser sustentavelmente mais altos para que isso influenciasse as futuras decisões de política monetária do banco central.

As condições financeiras mais apertadas podem afetar as ações do Fed se forem persistentes e "ainda não se sabe" se esse será o caso, afirmou Powell em uma coletiva de imprensa após a divulgação da declaração de política monetária.

Mas, acrescentou ele, os rendimentos mais altos do mercado de Treasuries "estão se refletindo" nos custos de empréstimos no mundo real.

Os rendimentos dos Treasuries com prazos mais longos subiram cerca de 1 ponto percentual desde o último aumento da taxa básica do Fed em julho, mesmo com os juros do banco central permanecendo inalterados desde então.

O comunicado de política monetária tem se tornado cada vez mais vago à medida que as autoridades se tornam menos certas sobre seu próximo passo, equilibrando uma queda lenta mas contínua da inflação com a sensação de que a economia provavelmente desacelerará nos próximos meses, em meio ainda ao receio de que pressionar muito mais com aumentos de taxas pode fazer com que a atividade fique mais fraca do que o necessário.

O comunicado disse que o Fed ainda está observando o impacto do desdobramento de seus aumentos anteriores enquanto pondera novas ações, ciente das "defasagens com as quais a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e a evolução econômica e financeira".

A frase tem sido usada para indicar um certo grau de paciência na decisão sobre novos aumentos das taxas e um reconhecimento de que o impacto total dos 5,25 pontos percentuais nos aumentos dos custos dos empréstimos desde março de 2022 ainda não foi totalmente sentido.

© Reuters. Chair do Fed, Jerome Powell
19/10/2023
REUTERS/Brendan McDermid

Entre outras possíveis pressões está um aumento nas taxas de juro de mercado, que poderá travar ainda mais o crescimento econômico.

O comunicado acenou para esse possível impacto, acrescentando uma referência a condições financeiras mais restritivas como um dos fatores "com chance de pesar sobre a atividade", com efeitos ainda incertos.

(Por Howard Schneider)

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