Veja, em inglês, a entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, no final do texto
Investing.com - O Fed confirmou as expectativas do mercado e aumentou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 2,25% e 2,50%. Foi a quarta elevação do ano e a nona desde que iniciou o atual aperto monetário em dezembro de 2015, visando retirar os estímulos implementados para a economia reagir aos desdobramentos da crise financeira de 2008.
No comunicado sobre a decisão, o banco central americano indicou os seus próximos passos, aguardado com grande expectativa pelo mercado devido à volatilidade do mercado financeiro nas últimas semanas e os temores de recessão nos EUA e no mundo.
O Fed passa a prever PIB americano de 2,3% em 2019 (contra 2,5% em setembro), reduz projeções de inflação de 2% para 1,9% e não alterou a projeção da taxa de desemprego, mantendo-a em 3,5%. Esses números indicam uma expectativa de 2 aumentos de juros no ano que vem, ao invés de 3. Além disso, o Fed deve "continuar a monitorar a economia global, o desenvolvimento do mercado financeiro e suas implicações à economia global".
A perspectiva de taxas para 2020 e 2021 também foi diminuída para uma mediana de 3,1%, contra 3,4% na atualização anterior, em setembro. No longo prazo, o corte foi para 2,8%, ante 3,0%.
Na última leitura do núcleo do PCE, indicador preferido do Fed para a inflação, ficou em 1,8%, abaixo da meta de 2% do banco. O desemprego ficou inalterado em 3,5%, menor patamar em 29 anos.
A decisão de aumentar os juros ocorre mesmo sob a pressão do presidente americano Donald Trump, contrário a mais aumentos em meio à guerra comercial contra China e queda do preço do petróleo. Por isso, os investidores também estarão atentos ao discurso do chairman do Fed, Jerome Powell, sobre a decisão e a sua avaliação sobre o desempenho futuro da economia americana.